Operação Ágata Amazônia 2025 reforça presença do Vale do Javari

Navio patrulha navegando em rio cercado por floresta
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Com rios como estradas e a floresta como cenário, as Forças Armadas intensificam a Operação Ágata Amazônia 2025 no estado do Amazonas, especialmente na região do Vale do Javari, próxima à fronteira com o Peru e a Colômbia. A iniciativa, coordenada pelo Ministério da Defesa, une Marinha, Exército e Força Aérea no combate a crimes ambientais e transfronteiriços, além de levar apoio médico e social às populações indígenas e ribeirinhas.

Integração militar para presença eficaz na floresta

Comandada pelo Contra-Almirante (FN) Dirlei Donizette Côdo, a Força Conjunta APOENA emprega recursos estratégicos das três Forças para atuar em um ambiente de difícil acesso e alta complexidade. A Marinha do Brasil, por meio do Navio-Patrulha Fluvial “Roraima” e do Navio de Assistência Hospitalar “Carlos Chagas”, realiza patrulhamento e inspeções fluviais, além de prestar atendimento médico e odontológico às comunidades isoladas.

O Exército Brasileiro atua no bloqueio e controle dos rios, com presença contínua nas rotas utilizadas para o tráfico e crimes ambientais, enquanto a Força Aérea Brasileira (FAB) oferece apoio logístico e aeromédico. A operação evidencia a capacidade de coordenação interforças, com ações conjuntas que ampliam a presença do Estado na região e oferecem resposta imediata a atividades ilícitas na faixa de fronteira.

Cidadania e fiscalização com apoio interagências

Militares posando em frente ao Forte Tabatinga.

Um dos pilares da Operação Ágata Amazônia 2025 é a atuação integrada com agências civis, como Polícia Federal, ABIN, IBAMA, ICMBio, FUNAI, SESAI, MAPA e PM-AM, entre outras. A sinergia permite realizar, simultaneamente, ações de segurança pública, fiscalização ambiental, apoio social e atendimento médico, numa abordagem que une soberania e cidadania.

As Ações Cívico-Sociais (ACISO) e de Assistência Hospitalar (ASSHOP) incluem consultas médicas, exames, vacinação e distribuição de medicamentos, beneficiando diretamente as comunidades indígenas e ribeirinhas. A presença dessas instituições garante que a operação vá além do enfrentamento ao crime, promovendo também inclusão social e fortalecimento da presença institucional em áreas remotas.

Vale do Javari: fronteira vital e desafio estratégico

Localizado no extremo oeste do Amazonas, o Vale do Javari é uma das áreas mais sensíveis do território brasileiro. Com fronteiras que se estendem por centenas de quilômetros com o Peru e a Colômbia, a região é marcada por presença indígena, reservas ambientais e alta vulnerabilidade a crimes como tráfico de drogas, garimpo ilegal e pesca predatória.

A Operação Ágata no Javari é, portanto, uma resposta estratégica à complexidade da região, onde os desafios logísticos e a geografia exigem ações planejadas e persistentes. O nome “Apoena”, que batiza o comando conjunto, vem do Tupi-Guarani e significa “aquele que enxerga além do horizonte”, simbolizando a visão de longo prazo para a defesa da Amazônia e das futuras gerações.

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