A França está liderando na ONU a proposta de criação um grupo de países que substituirá os fóruns existentes no órgão sobre segurança cibernética, e que serão extintos em 2021. A proposta ganhou força e adesões esta semana: durante o Tallin Winter School of Cyber Diplomacy, promovido pelo Ministério das Relações Exteriores da Estônia, representantes de 47 países disseram apoiar a proposta, incluindo os 27 membros da União Europeia. Os Estados Unidos não opinaram.

O novo grupo da ONU, se aprovado, realizaria conferências regularmente e consideraria a possibilidade de criar novas normas delineando que tipo de operações cibernéticas estatais são aceitáveis, disse no evento Henri Verdier, embaixador da França para assuntos digitais.

O grupo da ONU discutiria as respostas a ataques cibernéticos patrocinados por governos, envolvendo empresas nas discussões sobre como desenvolver tecnologia segura. Sérias operações cibernéticas patrocinadas por estados poderiam implicar a expulsão de diplomatas ou justificar a imposição de sanções econômicas, disse Johanna Weaver, conselheira especial do embaixador da Austrália para assuntos cibernéticos.

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O evento de dois dias (9 e 10 de fevereiro) se concentrou na estabilidade cibernética e nas medidas de acompanhamento, abordando as melhores práticas de implementação de normas cibernéticas, aplicabilidade do direito internacional no ciberespaço e aumento da resiliência na área de segurança cibernética. O programa contou com palestras e painéis de discussão por ciber-diplomatas atuais e antigos, bem como por especialistas de think tanks, universidades e instituições líderes.

Fonte: Ciso Advisor e agências internacionais

Marcelo Barros
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Universidade Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).