A Marinha do Brasil está prestes a experimentar um marco significativo em sua história com o lançamento da Fragata “Tamandaré”. Este evento, agendado para meados de 2024, representa mais do que apenas a adição de um novo navio à frota nacional; simboliza um avanço significativo no campo da defesa e segurança marítima, alinhado com o desenvolvimento industrial e tecnológico brasileiro.

Nos siga no Instagram, Telegram ou no Whatsapp e fique atualizado com as últimas notícias de nossas forças armadas e indústria da defesa.

A Fragata “Tamandaré” e seu Significado Estratégico

fragata tamandare capa

A Fragata “Tamandaré” é a primeira de uma série de quatro navios-escolta que serão integrados à Marinha ao longo desta década. Parte do Programa Fragatas Classe Tamandaré (PFCT), esse projeto é um marco na indústria de defesa nacional, com a expectativa de gerar cerca de 2 mil empregos diretos e 6 mil indiretos.

Impacto na Modernização da Esquadra Brasileira

O PFCT é uma iniciativa estratégica para modernizar a esquadra brasileira, reforçando a capacidade do país de garantir sua soberania marítima. O projeto não apenas fortalece a defesa nacional, mas também impulsiona o crescimento da indústria de defesa do país e da cadeia produtiva associada à construção naval em território brasileiro.

Alto Poder Tecnológico e Versatilidade Operacional

Com alta complexidade tecnológica, as fragatas Classe Tamandaré serão versáteis e poderosas no combate, preparadas para enfrentar múltiplas ameaças. Além da defesa, esses navios terão papéis importantes em operações de busca e salvamento e em apoiar a política externa brasileira, especialmente na proteção das riquezas da Amazônia Azul.

O Papel da Indústria Nacional e o Fomento à Base Industrial de Defesa

O Diretor-Geral do Material da Marinha, Almirante de Esquadra Edgar Luiz Siqueira Barbosa, enfatiza o compromisso do programa com a sociedade em utilizar mão de obra nacional e a mais avançada tecnologia, contribuindo significativamente para a Base Industrial de Defesa do Brasil.

Integração ao Programa Estratégico de Modernização do Poder Naval

A inclusão do PFCT no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do Governo Federal em 2023 e a proposição da “PEC da Defesa” no Senado Federal destacam a importância estratégica do programa no contexto nacional e internacional. Esta PEC busca garantir um orçamento para a Defesa igual ou superior a 2% do PIB, alinhando-se com as tendências globais de investimento em defesa.

A Perspectiva Geopolítica e Comparativo Internacional

O Brasil, ao longo dos últimos dez anos, destinou, em média, 1,32% do seu PIB para a defesa nacional. Este investimento é relativamente modesto quando comparado com outros países em desenvolvimento, como Índia, Colômbia e Chile. A “PEC da Defesa” visa colocar o Brasil em um patamar mais competitivo no cenário internacional.

Benefícios Além da Defesa

O investimento no PFCT e a possível aprovação da “PEC da Defesa” podem trazer dividendos econômicos e sociais, além de contribuir para o fortalecimento do poder dissuasório do Brasil. Este é um momento de evolução significativa na defesa marítima nacional, marcando um ponto de virada na história da Marinha do Brasil e refletindo o comprometimento do país com a inovação, a segurança e o desenvolvimento sustentável.

Marcelo Barros, com informações da Agência Marinha
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Assessoria de Comunicação (UNIALPHAVILLE), MBA em Jornalismo Digital (UNIALPHAVILLE), Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).