As atividades de reconhecimento surgiram em meio às guerras Napoleônicas, Franco-Prussiana e Guerra do Paraguai, época em que balões eram utilizados para observação e os olhos eram os únicos sensores disponíveis. Com o desenvolvimento do material bélico e de novas tecnologias, vieram os aviões de caça e de bombardeio adaptados para o reconhecimento aéreo. Desde então, a Aviação de Reconhecimento desempenha um papel crucial em inúmeras operações militares ao redor do mundo, fornecendo inteligência valiosa sobre o terreno, posições inimigas e condições atmosféricas.
O Surgimento das Missões de Reconhecimento na FAB
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Na Força Aérea Brasileira (FAB), as missões de reconhecimento tiveram seu início em 24 de junho de 1947, com a ativação do Primeiro Esquadrão do Décimo Grupo de Aviação (1º/10º GAv – Esquadrão Poker). As metralhadoras de defesa das aeronaves de ataque A-20 foram substituídas por câmeras fotográficas, marcando uma nova era na Aviação de Reconhecimento no Brasil.
Novos Desafios e Sucessos para o Esquadrão Poker
O atual Comandante do 1º/10º GAV, Tenente-Coronel Aviador Marcio Rassy Teixeira, destacou que a unidade, altamente treinada e especializada, realizou no último ano uma missão extremamente desafiadora. “Em novembro de 2022, tivemos uma operação com o objetivo de reconhecer 64 alvos e locais de interesse. Esse feito representou um marco significativo na história da Unidade Aérea, uma vez que foi cumprida com um total de 6h25 de voo ininterruptas, tornando-se o quinto voo mais longo da história da aeronave AMX A-1M na FAB”, revelou o militar.
O Futuro da Aviação de Reconhecimento na FAB
Com a evolução operacional na FAB, surgiu em 2017 o conceito IVR (Inteligência, Vigilância e Reconhecimento), uma aplicação integrada tanto em períodos de paz quanto em situações de conflito. Aeronaves como o E-99, R-99, RA-1, e as Aeronaves Remotamente Pilotadas (ARP) RQ-450, RQ-900 e RQ-1150 desempenham um papel vital nas missões de Reconhecimento Aéreo. O Comandante do Primeiro Esquadrão do Décimo Segundo Grupo de Aviação (1º/12º GAv – Esquadrão Hórus), Tenente-Coronel Aviador Ricardo Starling Cardoso, destacou que “o maior desafio desse tipo de sistema é o gerenciamento de tráfego aéreo e a implementação de tecnologias de detecção e prevenção de colisões avançadas para permitir uma coexistência segura e eficiente no mesmo espaço aéreo entre Aeronaves Remotamente Pilotadas e Aeronaves Tripuladas.”