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O desenvolvimento do primeiro submarino de propulsão nuclear do Brasil deu mais um passo importante. Nesta segunda-feira (10), o presidente Carlos Henrique Silva Seixas esteve em Aramar, São Paulo, para acompanhar de perto o progresso das obras do LABGENE – Laboratório de Geração de Energia Núcleo-Elétrica. Recebido pelo CMG (EN) Mário Alves, diretor do Centro Industrial Nuclear de Aramar (CINA), e pelo CMG (EN) Felzky, vice-diretor da Diretoria de Desenvolvimento Nuclear da Marinha (DDNM), Seixas vistoriou as instalações que abrigarão o reator do submarino, reafirmando o compromisso da empresa com a excelência na execução deste projeto estratégico.
A importância do LABGENE para o Programa Nuclear da Marinha
O LABGENE (Laboratório de Geração de Energia Núcleo-Elétrica) é um dos principais marcos do Programa Nuclear da Marinha (PNM) e do Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB). Sua função é permitir a validação do reator nuclear que equipará o Submarino de Propulsão Nuclear Álvaro Alberto (SN-BR), primeiro do tipo desenvolvido pelo Brasil.
Ao simular, em terra, o funcionamento do reator nuclear em condições reais de operação, o LABGENE assegura que todos os sistemas sejam testados antes da instalação no submarino. Esse processo é essencial para garantir a segurança, confiabilidade e eficiência energética da embarcação, consolidando a soberania tecnológica do Brasil na área nuclear.
Além de fortalecer a defesa nacional, o programa também impulsiona a inovação científica e tecnológica, criando oportunidades para o desenvolvimento de novas aplicações nucleares em áreas como medicina, geração de energia e indústria de alta precisão.
O avanço das obras e a construção do Bloco 40
Durante a visita, Carlos Seixas acompanhou a construção do Bloco 40, uma estrutura fundamental do LABGENE. Esse setor será responsável por abrigar o vaso de contenção do reator nuclear, peça-chave para a simulação do funcionamento do sistema de propulsão do submarino.
As obras do Bloco 40 seguem um rigoroso controle técnico e de segurança, considerando os desafios estruturais e os altos padrões exigidos para a contenção e operação de um reator nuclear. A construção dessa infraestrutura é essencial para permitir que o LABGENE avance para as próximas fases de testes.
A vistoria reforça o compromisso com a qualidade e o cumprimento dos prazos, garantindo que o Brasil siga seu cronograma para a incorporação do SN-BR Álvaro Alberto à frota da Marinha.
O impacto do submarino nuclear para a defesa nacional
O desenvolvimento do primeiro submarino de propulsão nuclear coloca o Brasil em um seleto grupo de países que dominam essa tecnologia, ao lado de Estados Unidos, Rússia, China, França, Reino Unido e Índia.
Diferentemente dos submarinos convencionais movidos a diesel-elétrico, que precisam emergir periodicamente para reabastecer oxigênio e recarregar baterias, um submarino nuclear pode permanecer submerso por meses, aumentando sua capacidade furtiva e autonomia operacional. Isso garante ao Brasil uma maior capacidade de dissuasão, reforçando a proteção da Amazônia Azul, área marítima estratégica para a economia e segurança do país.
Além disso, o submarino nuclear amplia a projeção de poder naval brasileiro, garantindo maior capacidade de vigilância e defesa no Atlântico Sul. Com a conclusão do LABGENE e o avanço do PROSUB, o Brasil dá um passo decisivo para consolidar sua posição como uma potência marítima global.
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