NPa Macaé: vigilância, resgate e poder naval no Sudeste

Navio militar próximo a plataforma de petróleo no mar.
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Discreto aos olhos do público, mas essencial à soberania marítima, o Navio-Patrulha Macaé (P70) desempenha, desde 2009, missões de vigilância, fiscalização e salvaguarda da vida humana no mar na extensa faixa das Águas Jurisdicionais Brasileiras. Operando sob o comando do Grupamento de Patrulha Naval do Sudeste (ComGptPatNavSE), o Macaé é uma peça-chave na proteção dos campos de petróleo offshore, no controle ambiental e na segurança do tráfego marítimo.

Capacidades técnicas e missões operacionais do NPa Macaé

Navio patrulha da marinha brasileira navegando em rio.

O NPa Macaé é uma plataforma moderna e versátil da Marinha do Brasil, com autonomia para longos períodos de patrulha, capacidade de operar em alto-mar e estrutura projetada para operações de fiscalização, salvamento e combate a ilícitos. A embarcação é equipada com sistemas de navegação avançados, armamento leve e sensores de superfície, que permitem atuação eficiente em variados cenários marítimos.

Com 54,2 metros de comprimento e deslocamento de cerca de 500 toneladas, o Macaé pode permanecer até 30 dias em missão, cobrindo amplas áreas da Amazônia Azul. Suas missões incluem busca e salvamento (SAR), inspeção naval, fiscalização de poluição hídrica, além da proteção de plataformas de petróleo, essencial para a segurança energética nacional.

Participação em operações conjuntas e internacionais

Ao longo dos anos, o NPa Macaé ampliou sua atuação para além da patrulha de rotina. Em setembro de 2022, participou da UNITAS LXIII, maior exercício marítimo multinacional das Américas, em conjunto com os navios de patrulha de Marinhas amigas da Inglaterra, Namíbia e Camarões, e o Navio de Patrulha Oceânico “Amazonas”. Essas operações reforçam o preparo da Marinha para ações combinadas e interoperabilidade internacional.

Mais recentemente, o Macaé foi designado para atuar na segurança marítima da cúpula do G20 em 2024, além de contribuir com a operação Lais de Guia, voltada à Garantia da Lei e da Ordem no mar (GLO Mar). Tais ações evidenciam o papel do navio na segurança nacional e cooperação internacional, elevando o padrão operacional da Marinha do Brasil.

O papel estratégico na segurança marítima do Sudeste brasileiro

Com base no 1º Distrito Naval, o NPa Macaé atua nas águas do litoral sudeste — uma região crítica do ponto de vista econômico, ambiental e logístico. Essa área abriga os principais corredores marítimos comerciais do país, além de portos estratégicos e campos de petróleo das bacias de Campos e Santos. A presença do navio garante segurança ao tráfego de embarcações, reforça o combate à criminalidade marítima e consolida a presença estatal nas zonas economicamente sensíveis do mar.

Sua atuação constante contribui diretamente para a disponibilidade de rotas marítimas seguras, para a preservação dos recursos ambientais marinhos e para a prontidão da Marinha em responder a emergências. O Macaé é, assim, mais que um vetor de patrulha: é um instrumento de soberania e projeção do Estado brasileiro no mar.

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Apoio

Marcelo Barros, com informações e imagens da Marinha do Brasil
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Assessoria de Comunicação (UNIALPHAVILLE), MBA em Jornalismo Digital (UNIALPHAVILLE), Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).

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