O Brasil deu um passo importante na identificação de ameaças químicas com a inauguração, na segunda-feira (20), do primeiro laboratório fixo de análises químicas da Marinha do Brasil. Localizado no Centro de Defesa Nuclear, Biológica, Química e Radiológica (NBQR), no Rio de Janeiro, a nova instalação promete acelerar respostas a emergências ambientais.

Desenvolvimento

Segundo o Comandante do Centro de Defesa NBQR, Capitão de Mar e Guerra (Fuzileiro Naval) Anderson Ribeiro de Mattos, o laboratório será crucial para o reconhecimento de agentes químicos em diversos cenários, incluindo águas de enchentes, solos e amostras suspeitas. “Este apoio torna-se crucial em casos de desastres, que requerem análises e resultados com alto nível de confiabilidade”, afirma o Comandante.

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Equipamentos de alta tecnologia compõem o espaço de pesquisa e contribuem no reconhecimento de agentes químicos – Imagem: Marinha do Brasil

Equipado com tecnologia de ponta, como o cromatógrafo a gás e o espectrômetro de massas, o laboratório é capaz de separar e identificar compostos em amostras, fornecendo análises detalhadas. “São equipamentos amplamente utilizados em indústrias farmacêuticas, laboratórios industriais e universidades“, explica o Comandante.

Impacto na Segurança Pública

A nova instalação da Marinha representa um avanço significativo na proteção da saúde pública e do meio ambiente. Com a capacidade de fornecer análises rápidas e precisas, o laboratório estará preparado para responder a emergências ambientais, contribuindo para a segurança da população.

Colaboração entre Forças Armadas, Indústria e Academia

Além de atender a demandas militares, o laboratório servirá a universidades e centros de pesquisa nacionais, promovendo uma estreita colaboração entre as Forças Armadas, a indústria e a academia. Essa parceria é fundamental para o desenvolvimento e a inovação tecnológica no Brasil.

Fortalecimento da Base Industrial de Defesa

A Marinha também busca tornar o laboratório uma referência internacional. Para isso, pretende submetê-lo a testes de proficiência para ser designado pela Organização para Proibição de Armas Químicas (OPCW), unindo-se a um seleto grupo de 26 laboratórios no mundo, incluindo um já existente no Brasil.