Navio-Varredor “Aratu” celebra 53 anos com legado de excelência

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Com mais de cinco décadas de serviço à Marinha do Brasil, o Navio-Varredor “Aratu” segue honrando seu legado de excelência e tradição. Incorporado à Armada em 1971, o navio completa 53 anos de operação, carregando consigo a história de um pequeno crustáceo dos mangues do Recôncavo Baiano, em cuja homenagem foi batizado.
História e Construção do Navio-Varredor “Aratu”
O Navio-Varredor “Aratu” (M15) foi o segundo navio da Marinha do Brasil a receber esse nome, em homenagem ao pequeno crustáceo de coloração avermelhada, típico dos mangues do Recôncavo Baiano. A construção do “Aratu” ocorreu no estaleiro Abeking & Rasmussen, em Lemwerder, na ex-Alemanha Ocidental. A embarcação segue o projeto da classe Schültze (Klasse 340/341), que na época estava sendo incorporada pela Marinha Alemã.
A quilha do “Aratu” foi batida no dia 17 de setembro de 1969, marcando o início da construção de uma embarcação que se tornaria fundamental para as operações da Marinha do Brasil. Após menos de um ano, em 27 de maio de 1970, o navio foi batizado e lançado ao mar em uma cerimônia presidida pelo Almirante de Esquadra Francisco Augusto Simas de Alcântara, então Diretor-Geral do Material da Marinha. A madrinha do navio foi a Sra. Lice de Faria Frazão, esposa do Embaixador do Brasil na República Federal da Alemanha.
Em 5 de maio de 1971, após passar por rigorosas provas de cais e mar, o “Aratu” foi oficialmente incorporado à Armada Brasileira. Na ocasião, o Capitão-Tenente Raymundo Sant´Anna Rocha assumiu o comando do navio, que já havia passado por diversos treinamentos e estágios, tanto para os oficiais quanto para a tripulação, em cooperação com a Marinha Alemã.
Operações e Missão do Navio-Varredor “Aratu” ao Longo de 53 Anos
Desde sua incorporação, o Navio-Varredor “Aratu” desempenha um papel estratégico para a defesa marítima do Brasil. Como um navio varredor, sua principal função é a detecção e remoção de minas submarinas, garantindo a segurança das rotas marítimas brasileiras. Ao longo de seus 53 anos de serviço, o “Aratu” esteve envolvido em várias missões importantes, muitas delas relacionadas à proteção das águas territoriais do Brasil e à segurança de navegações em áreas estratégicas, como portos e zonas de grande tráfego marítimo.
Equipado com tecnologia avançada para sua época, o “Aratu” participou de diversas operações de varredura de minas, tanto em exercícios navais quanto em situações reais de risco. Sua tripulação, altamente treinada, foi responsável por manter a segurança marítima em várias ocasiões, evitando que possíveis ameaças submarinas prejudicassem o fluxo comercial e a defesa nacional.
Mesmo com o passar dos anos, o “Aratu” continua a desempenhar missões essenciais. Em 2024, o navio permanece ativo, contribuindo para a vigilância e proteção da chamada “Amazônia Azul“, o vasto território marítimo brasileiro, rico em recursos e de grande importância estratégica. Sua atuação contínua é um reflexo da durabilidade e importância dos navios varredores no contexto das Forças Armadas.
Legado e Tradições do “Aratu” na Marinha do Brasil
Além de suas missões operacionais, o Navio-Varredor “Aratu” mantém uma rica tradição dentro da Marinha do Brasil. O nome “Aratu”, escolhido em homenagem ao pequeno crustáceo vermelho que habita os mangues do Recôncavo Baiano, carrega uma simbologia forte de resistência e adaptação, refletindo a trajetória do navio ao longo de mais de cinco décadas.
Em 2009, uma tradição única foi estabelecida a bordo do “Aratu”. Em um concurso interno, o Primeiro-Sargento Escrevente Walter Rodrigues da Luz Junior, Supervisor da Secretaria do Comando, criou o brado do navio: “NAVIO-VARREDOR ARATU – SEMPRE O PRIMEIRO.” Essa frase se tornou o grito de guerra da embarcação, simbolizando a prontidão e o compromisso constante de sua tripulação em estar sempre à frente nas missões que desempenham.
Em maio de 2024, o “Aratu” celebrou 53 anos de serviços prestados à Marinha do Brasil. Sua longevidade e eficiência comprovam a robustez do projeto original e a dedicação de suas tripulações ao longo dos anos. Para a Marinha, o “Aratu” representa não apenas um navio varredor, mas uma peça fundamental na proteção das águas brasileiras, além de um símbolo de tradição, força e compromisso com a soberania nacional.
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