Navio-Patrulha Guanabara: a trajetória do Lince dos Mares da Marinha

Navio de guerra navegando em mar aberto, dia ensolarado.
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Com sede em Belém (PA) e subordinado ao Comando do 4º Distrito Naval, o Guanabara (P48) opera nos estados do Amapá, Maranhão, Pará e Piauí. Mais do que patrulhas e operações de busca e salvamento, o “Lince dos Mares” projeta a presença do Brasil em áreas sensíveis, como a costa da Guiana Francesa, onde recentemente participou de uma missão diplomática durante o aniversário da Queda da Bastilha.

Patrulha e poder naval na Amazônia Azul – a atuação técnica do NPa Guanabara

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O Navio-Patrulha Guanabara (P48) é um vetor fundamental na defesa dos interesses marítimos e fluviais da Amazônia Oriental. Com capacidade para realizar patrulha naval, inspeção naval, busca e salvamento (SAR), o navio integra o Grupamento de Patrulha Naval do Norte (ComGptPatNavN), atuando sob a égide do Comando do 4° Distrito Naval.

Seu desempenho é alicerçado em um conjunto robusto de sistemas de navegação e comunicações, além de armamento leve e embarcações de apoio que permitem o rápido deslocamento em áreas ribeirinhas ou marítimas. Em 2025, o Guanabara protagonizou uma operação relevante ao apreender uma embarcação com 1,5 tonelada de pescado ilegal entre o Pará e o Maranhão, demonstrando eficácia no combate a crimes ambientais e à pesca predatória.

A presença constante do navio nas águas interiores e costeiras reforça o conceito da Amazônia Azul, assegurando a integridade dos recursos marinhos, proteção de populações ribeirinhas e projeção do poder marítimo brasileiro em uma das regiões mais complexas e estratégicas do país.

Diplomacia naval e presença estratégica – impacto social e geopolítico da missão na Guiana Francesa

Navio patrulha militar cinza em rio tropical.

A missão do Guanabara na Guiana Francesa, em julho de 2025, é exemplo da dimensão diplomática das Forças Armadas. Ao participar das comemorações do 236° aniversário da Queda da Bastilha, o navio atuou como instrumento de soft power, estreitando os laços com a Marinha Nacional Francesa e reforçando a presença do Brasil em seu entorno estratégico.

Esse tipo de comissão representa mais do que cortesia internacional: é uma ação coordenada de defesa diplomática, essencial para a interoperabilidade em futuras operações conjuntas, apoio logístico e missões humanitárias. Em um mundo cada vez mais multipolar, a capacidade de presença marítima em áreas de interesse geopolítico é elemento decisivo para o reconhecimento e respeito internacional.

Além disso, a missão permite que os tripulantes vivenciem experiências multiculturais, elevando o moral da guarnição e promovendo intercâmbios que valorizam a cultura naval brasileira.

Tradição e identidade – o “Lince dos Mares” como patrimônio da Marinha do Brasil

O Navio-Patrulha Guanabara carrega mais do que armamento e tecnologia: carrega história. Construído em 1995 pelo estaleiro INACE, em Fortaleza (CE), o P48 pertence à classe Grajaú e é o sétimo navio a ostentar o nome “Guanabara” na Marinha do Brasil — uma homenagem à famosa baía do Rio de Janeiro, cujo nome em tupi-guarani significa “enseada do mar”.

Entre a tripulação, o navio é chamado com orgulho de “Respeitado”, mas é amplamente conhecido pelo seu mascote e símbolo: o “Lince dos Mares”, figura que representa agilidade, vigilância e firmeza. Essa identidade fortalece o espírito de corpo e o orgulho dos marinheiros que servem a bordo, especialmente diante das adversidades das missões na Amazônia Legal.

Cada missão reforça esse legado, e o Guanabara segue navegando como um símbolo flutuante da soberania nacional, unindo tradição, modernidade e o comprometimento com o Brasil.

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