Após 26 dias de viagem, o Navio de Pesquisa Hidroceanográfico “Vital de Oliveira” atracou, em 6 de abril, no Complexo Naval da Ponta da Armação, concluindo a coleta de dados geofísicos e oceanográficos na Elevação do Rio Grande (ERG). O objetivo foi definir os limites entre a bacia sedimentar e a crosta oceânica, que é fundamental para o estudo dos recursos minerais presentes no solo e subsolo marinhos.
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Com equipes do Serviço Geológico do Brasil e do Plano de Levantamento da Plataforma Continental Brasileira a bordo, o navio percorreu 3.312 milhas náuticas (6.133 km). Ao longo de todo o trajeto, foram adquiridos dados com equipamentos utilizados para a medição de profundidades (batimetria) e do campo magnético total terrestre, e realizados 44 lançamentos de perfiladores da coluna d’água para análise da velocidade do som e 25 para verificar a temperatura. O trabalho de campo cobriu uma área de 58.320 km² em todo o contorno da ERG, o que representa a área uma vez e meia maior que a do estado do Rio de Janeiro.
Os nove alunos de Graduação e Pós-Graduação embarcados, provenientes dos cursos de geociências da Universidade de São Paulo, Universidade Federal do Rio Grande do Norte e Universidade de Brasília, acompanharam os trabalhos realizados, tanto na aquisição de dados no laboratório seco, quanto no lançamento e recolhimento de equipamentos no convés.
A chegada ao porto sede encerra mais uma importante missão cumprida a mais de 1.500 km da costa, na Elevação do Rio Grande, no extremo Sudeste da Amazônia Azul. A região tem relevância econômica e político-estratégica para o Brasil consolidar o limite da Plataforma Continental além das 200 milhas da Zona Econômica Exclusiva, em conformidade com os critérios estabelecidos pela Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar.
Fonte: Marinha do Brasil