O mês de março foi marcado por um acontecimento histórico durante a 41ª Operação Antártica (OPERANTAR XLI). O Navio de Apoio Oceanográfico (NApOc) “Ary Rongel” cruzou o Círculo Polar Antártico, após atravessar o estreito de Gerlache, localizado a noroeste da Península Antártica. A última vez que essa travessia foi registrada ocorreu em 2001. O feito evidencia o potencial dos navios brasileiros na Antártica e contribui para conferir estatura geopolítica e científica ao Brasil.
Nos siga no Instagram, Telegram ou no Whatsapp e fique atualizado com as últimas notícias de nossas forças armadas e indústria da defesa.
Desafios enfrentados na travessia O Comandante do “Ary Rongel”, Capitão de Mar e Guerra Fabiano de Medeiros Ichayo, destaca que o principal desafio na travessia foi navegar por canais estreitos, tortuosos e com presença de gelo marinho, onde o detalhamento da cartografia ainda é limitado, normalmente sob condições meteorológicas adversas, com ventos fortes e visibilidade reduzida. Segundo ele, “as janelas meteorológicas favoráveis são encurtadas à medida que se navega mais para o sul, bem como aumenta a presença de gelo no mar, especialmente nos estreitos, como é o caso de Gerlache”.
Diplomacia Antártica e homenagens a personalidades brasileiras Durante a operação, o navio brasileiro também estabeleceu contato com a Estação norte-americana “Palmer”, evidenciando a importância da “Diplomacia Antártica” e reforçando os laços de apoio mútuo e cooperação previstos no Tratado Antártico, ao qual o Brasil aderiu em 1975. Além disso, foram visitados locais de interesse com nomes de personalidades brasileiras que contribuíram para o desenvolvimento da navegação e da ciência na Antártica, como as Ilhas Cruls, o Monte Rio Branco e o Pico Almirante Alexandrino de Alencar.