Museu da 2ª Guerra em Maceió preserva legado da FEB

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No coração de Maceió, o Museu da Segunda Guerra Mundial mantém viva a história dos heróis brasileiros que lutaram contra o nazi-fascismo. Inaugurado em 1996, o museu ocupa o histórico Forte de São João, cenário que abriga memórias de bravura, sacrifício e resiliência, como a história dos combatentes da Força Expedicionária Brasileira (FEB) que cruzaram o Atlântico para defender a liberdade.
História do Museu e Sua Importância para a Memória Nacional

O Museu da Segunda Guerra Mundial de Maceió foi inaugurado pelo Exército Brasileiro em 14 de março de 1996. Sua localização no Forte de São João, um lugar de grande importância histórica, reforça seu papel como guardião da memória nacional. O forte também abriga a Capela de Nossa Senhora da Conceição, inaugurada por Duque de Caxias em 1876, e foi cenário do socorro aos náufragos do navio brasileiro Itapagé, torpedeado por um submarino alemão nas proximidades de Coruripe. Esses eventos conectam o local diretamente à narrativa da guerra, tornando-o o espaço ideal para celebrar e preservar as memórias dos brasileiros que combateram na Segunda Guerra Mundial.
Como o primeiro espaço cultural no Nordeste dedicado ao tema, o museu se destaca por oferecer uma perspectiva única sobre a participação brasileira no conflito. Ele busca educar e inspirar visitantes, mostrando não apenas os desafios da guerra, mas também a coragem dos combatentes da FEB, que atravessaram o oceano para lutar contra o nazi-fascismo na Itália. Essa iniciativa de preservação é vital para manter viva a história de sacrifício e heroísmo das tropas brasileiras.
Acervo do Museu e Destaques Históricos

O acervo do Museu da Segunda Guerra Mundial é vasto e diversificado, composto por fotografias, armamentos, uniformes e objetos pessoais que pertenceram aos combatentes da FEB. Esses itens fornecem uma visão intimista e detalhada da vida dos soldados brasileiros que enfrentaram o campo de batalha em um dos períodos mais sombrios da história mundial. O museu também exibe materiais capturados ou recolhidos do inimigo, oferecendo aos visitantes uma perspectiva abrangente do conflito.
Entre as peças de destaque estão a farda e a espada do Brigadeiro Oto Correia Neto, um dos heróis da Força Aérea Brasileira (FAB) que chegou a ser prisioneiro em Nuremberg. Suas contribuições e história de resistência são exemplos do espírito de luta dos brasileiros na guerra. Outro item de grande importância é o diário de operações de artilharia do General Otavio Costa, que traz um relato direto e técnico das operações militares, além de suas condecorações que evidenciam sua bravura e liderança. Essas peças, somadas ao restante do acervo, permitem que o museu cumpra seu papel como polo de preservação da memória do Exército Brasileiro, especialmente no eixo Norte-Nordeste do país.
Personagens Históricos: Contribuições e Legados
A história do Museu da Segunda Guerra Mundial de Maceió não seria a mesma sem as figuras que o idealizaram e contribuíram para sua criação. O projeto nasceu da visão do então Tenente Coronel Antônio Sérgio Mello Penkal, chefe da 20ª Circunscrição de Serviço Militar, que em 1993 teve a ideia de criar um espaço para preservar a história e os feitos dos combatentes da FEB. Seu empenho e dedicação foram cruciais para a materialização do museu.
Outro nome essencial para a concretização desse projeto foi o da Major Elza Cansanção. Ela foi a primeira brasileira a se voluntariar para servir na Segunda Guerra Mundial, aos 19 anos. Embora tenha desejado lutar na linha de frente, atuou como uma das setenta e três enfermeiras do Destacamento Precursor de Saúde da FEB, desempenhando papel fundamental nos hospitais de evacuação na Itália. Sua experiência como Oficial de Ligação e Enfermeira-Chefe no 7th Station Hospital, em Livorno, destaca a importância do trabalho de suporte na guerra. Mesmo após o conflito, ela continuou servindo ao Exército, demonstrando um compromisso inabalável com a missão de proteger e cuidar dos soldados.
O museu também preserva a memória de outros heróis alagoanos como o Brigadeiro Oto Correia Neto e o General Otavio Costa, cujas histórias de coragem são representadas por objetos e documentos pessoais do acervo. Suas contribuições para o esforço de guerra e suas trajetórias no pós-guerra são elementos que reforçam a importância de recordar e aprender com o passado. Esses personagens, entre outros homenageados no museu, deixaram legados que continuam a inspirar gerações.
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