Foto: ONU

A adoção da Resolução 1325 pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas em 31 de outubro de 2000 representou um marco na inclusão de questões de gênero nas operações de paz globais. Esta resolução, pioneira e abrangente, destacou a importância da participação feminina não apenas como uma questão de direitos humanos, mas como um componente essencial para a eficácia das missões de paz. O Brasil, alinhado a esta diretriz, tem demonstrado um compromisso crescente com a Agenda “Mulheres, Paz e Segurança”, evidenciando uma mudança significativa na abordagem do país em relação ao papel das mulheres nas Forças Armadas.

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Capacitação e Preparação para Missões de Paz

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Em resposta à Agenda MPS, o Brasil realizou, através do Centro Conjunto de Operações de Paz do Brasil – Centro Sergio Vieira de Mello, o Estágio de Preparação Específica de Militares do Sexo Feminino para Missão de Paz (EPESFMP) em novembro de 2021. Este curso, inédito e dedicado à capacitação de mulheres para atuação em missões de paz, simboliza um esforço nacional para equipar as militares com as competências necessárias, refletindo o compromisso do país com a equidade de gênero e a eficácia operacional.

Mulheres em Campo: Superando Fronteiras

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Foto: MINUSCA

O envolvimento de militares brasileiras em operações de paz da ONU tem aumentado progressivamente. Este número crescente não só demonstra a capacidade e a determinação das mulheres em contribuir para a paz e a segurança internacionais, mas também atesta o sucesso dos programas de capacitação e a abertura das Forças Armadas Brasileiras para a inclusão feminina.

Desafios e Perspectivas Futuras

Enquanto o Brasil se prepara para enviar ainda mais mulheres às missões de paz em 2024, reflete-se sobre os desafios e as oportunidades que essa crescente participação feminina apresenta. É essencial que a integração das mulheres nas Forças Armadas e em operações de paz continue a ser apoiada por políticas inclusivas, treinamento adequado e um ambiente que promova a igualdade de gênero. A experiência brasileira em missões de paz da ONU pode servir como um modelo inspirador para outras nações, promovendo a paz, a segurança e a igualdade de gênero no cenário global.

Marcelo Barros, com informações do Exército Brasileiro
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Assessoria de Comunicação (UNIALPHAVILLE), MBA em Jornalismo Digital (UNIALPHAVILLE), Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).