O Comando Militar da Amazônia (CMA) recentemente concluiu uma missão logística fluvial de extrema magnitude, destacando-se como um dos maiores feitos logísticos na Amazônia Ocidental. Durante 84 dias, os militares navegaram pelos rios Solimões e Javari, no Amazonas, transportando uma quantidade incomum de suprimentos até o 4º Pelotão Especial de Fronteira (4º PEF), situado na divisa do Brasil com o Peru. Os insumos serão utilizados na Operação EDOR para a implantação de 6 km de via pavimentada de concreto armado entre a comunidade Estirão do Equador e o aeródromo da COMARA.
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Desbravando Rios para Transformar Realidades
Um módulo logístico, organizado pelo Centro de Embarcação do CMA (CECMA), embarcou em uma jornada de 5.600 km pelos rios da região. Essa estratégica navegação fluvial foi necessária para transportar cerca de 4.500 toneladas de material e equipamentos de construção até o 4º PEF. A operação envolveu um esforço coletivo de diversas entidades, entre elas a 12ª Região Militar (12ª RM), que em coordenação com o CECMA e o CMA, enviou o módulo logístico que partiu de Manaus até o 4º PEF, em Estirão do Equador, no Amazonas.
Superando Obstáculos e Unindo Comunidades
Os Pelotões Especiais de Fronteira, como o 4º PEF, representam um dos braços mais distantes do Exército Brasileiro, pois estão baseados em localidades muito distantes dos grandes centros urbanos. O trabalho dos militares para preparar a via para ser pavimentada tem o objetivo de ligar o 4º PEF ao aeródromo da COMARA, facilitando a mobilidade na região. O transporte fluvial, embora fundamental na Amazônia, apresenta diversas limitações e dificuldades, sobretudo no inverno amazônico e no período de recuo das águas, fazendo da construção dessa via pavimentada um passo crucial para a melhoria da logística na região.
A Construção de um Futuro Mais Próspero
Cerca de 70 militares estão trabalhando dia e noite na obra, com o objetivo de tornar o tráfego da estrada mais acessível e funcional para o transporte de cargas e pessoas, facilitando o deslocamento de veículos de maior porte. Trata-se de um esforço conjunto entre as diferentes instituições militares, um trabalho que destaca a capacidade da Força Terrestre em superar os desafios logísticos impostos pela vasta extensão e pela complexidade imposta pela Am. Além de promover a mobilidade de militares, a iniciativa também beneficiará a comunidade local, facilitando o transporte de pessoas e suprimentos e promovendo um desenvolvimento mais eficiente e sustentável da região.
Um Olhar Atento para a Evolução das Obras
No último mês, a região das obras recebeu a visita do Diretor de Obras de Cooperação, General de Divisão Rogério Cetrim de Siqueira, do Comandante do 2º Gpt E, General de Brigada Luís Claudio Brion, e do Comandante do 6º Batalhão de Engenharia de Construção, Coronel Wagner Fernandes dos Santos. Na ocasião, os oficiais puderam verificar os avanços nos trabalhos de implantação da via, inspecionar as instalações do canteiro de obras e avaliar a continuidade da construção do trilho de concreto.
Essa histórica missão logística fluvial conduzida pelo CMA não apenas marca um ponto de virada na logística da Amazônia Ocidental, mas também representa uma melhoria significativa para as condições de vida dos militares e da população local. Através do trabalho e do empenho de diversas instituições militares, a Amazônia Ocidental está sendo conectada de uma maneira inédita, superando os desafios logísticos e pavimentando o caminho para um futuro mais próspero e conectado.
