De 6 a 13 de agosto, a Ilha da Marambaia, no Rio de Janeiro, tornou-se palco de um dos treinamentos mais intensos e cruciais para a Marinha do Brasil: o Treinamento Pré-Antártico (TPA). Este treinamento é a segunda etapa do processo seletivo que escolhe os membros do Grupo-Base (GB). Estes são os militares que passarão um ano na Estação Antártica Comandante Ferraz (EACF), apoiando as pesquisas científicas na região da Baía do Almirantado.
Diversidade e União
O treinamento contou com a participação de 71 pesquisadores, representando 23 projetos de pesquisa distintos. Além deles, cerca de cinquenta militares aspirantes ao GB e uma equipe de coordenação altamente especializada, incluindo psicólogos e educadores físicos, estiveram presentes. Juntos, eles se submeteram a uma série de atividades que os preparariam para as condições extremas da Antártica e para as responsabilidades que carregariam como representantes do Brasil.
Desafios e Aprendizados
Durante o TPA, os participantes não só adquiriram conhecimentos básicos sobre a vida e trabalho no ambiente antártico, mas também foram avaliados em sua adaptabilidade e capacidade física. Palestras sobre a Antártica foram ministradas por representantes de diversas instituições ligadas ao Programa Antártico Brasileiro (PROANTAR). Além do aprendizado teórico, os participantes enfrentaram desafios práticos: voos em aeronaves UH-17, manobras com botes infláveis, montagem de acampamentos e exercícios físicos ao ar livre. Tudo isso para simular as condições e situações que poderiam enfrentar na Antártica.
Rumo à Antártica
A conclusão do TPA 2023 não só qualificou pesquisadores e militares para suas missões no continente gelado, mas também promoveu uma integração única entre todos os participantes. Afinal, na Antártica, a colaboração e o espírito de equipe são essenciais para o sucesso e a sobrevivência.