Homens do mar que lutaram em defesa da pátria são lembrados anualmente no mês de julho

 

Todos os anos, mais precisamente em 21 de julho, a Marinha do Brasil (MB) relembra a memória dos seus mortos em guerra. Uma alusão ao naufrágio da Corveta brasileira “Camaquã”, ocorrido na mesma data, em 1944, durante a Segunda Guerra Mundial. Somente neste período, foram perdidos 31 navios mercantes brasileiros, três navios da Marinha e centenas de vidas de civis e militares. Como forma de homenagear essas perdas, foi realizada, nesta segunda-feira (18), uma cerimônia no Monumento aos Mortos da Segunda Guerra Mundial, no Rio de Janeiro (RJ).

“A história de qualquer nação guarda consigo um passado de glórias e reveses que juntos contribuíram para moldar suas tradições e a alma de seu povo. Com o Brasil não foi diferente. Hoje somos produto das conquistas de nossos antepassados, o que nos impõe o justo dever de enaltecer a memória daqueles que colocaram incondicionalmente os interesses do país acima dos próprios”, ressaltou o Almirante de Esquadra Almir Garnier Santos, Comandante da Marinha.

Durante a cerimônia, uma oração solene foi realizada em memória daqueles que perderam suas vidas em combate, seguida de aposição floral. Concomitantemente, pétalas foram lançadas ao mar do Aviso Patrulha “Anequim”, que estava fundeado nas proximidades do Monumento. Ocorreu também o disparo de cargas de fuzilaria pelo destacamento de honras fúnebres do Grupamento de Fuzileiros Navais do Rio de Janeiro e a execução da marcha fúnebre e do toque de silêncio.

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Foram entoados ainda os toques de Alvorada e Vitória, seguidos da canção da Divisão Naval em Operações de Guerra (DNOG) e da canção dos Combatentes da Segunda Guerra Mundial, simbolizando o reconhecimento eterno da Marinha por aqueles que se imortalizaram no mar a serviço da Pátria.

O ex-combatente João Amaro dos Santos esteve presente na celebração. Ele é Tenente reformado da MB e durante a Segunda Guerra Mundial integrou a tripulação da Corveta Cabedelo, defendendo uma frota de navios mercantes de um submarino alemão perto do Estreito de Gibraltar, situado entre a Espanha e o Marrocos. O militar é um dos poucos ainda vivos, e reforçou a importância da homenagem.

“Fico emocionado pela homenagem que a Marinha presta todo ano aos mortos em guerra. Perdi muitos companheiros. Lembro de quando participava da escolta. Nós íamos, mas não sabíamos se voltaríamos. E hoje eu estou vivo relembrando esses momentos nessa emocionante cerimônia”, refletiu.

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Comandante da Marinha cumprimenta o ex-combatente João Amaro dos Santos/Imagem: 1SG (MO) P. Johson/Marinha do Brasil
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Por Primeiro-Tenente (RM2-T) Vanessa Mendonça Silva

Marcelo Barros, com informações da Marinha do Brasil
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Assessoria de Comunicação (UNIALPHAVILLE), MBA em Jornalismo Digital (UNIALPHAVILLE), Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).