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O silêncio das águas do Rio Tocantins foi quebrado pelo som das embarcações e helicópteros da Marinha do Brasil. Desde segunda-feira (23), mergulhadores especializados atuam incansavelmente na busca por desaparecidos após o desabamento da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, que liga Maranhão e Tocantins pela BR-226. Com apoio de um sonar de varredura lateral e equipes treinadas em Defesa Nuclear, Biológica, Química e Radiológica (NBQR), a Força Naval reforça os esforços para localizar vítimas e garantir a segurança ambiental da região.
A operação de busca subaquática no Rio Tocantins
A Marinha do Brasil mobilizou equipes de mergulhadores especializados para intensificar as buscas por desaparecidos no leito do Rio Tocantins. Utilizando tecnologia avançada, como o sonar de varredura lateral “sidescan”, as equipes conseguem mapear o fundo do rio e identificar objetos submersos com precisão, mesmo em águas turvas e de baixa visibilidade.
O helicóptero UH-15 “Super Cougar” foi empregado para transportar os equipamentos e militares até a região do desabamento. O sonar permite que as equipes realizem uma varredura detalhada do leito do rio, identificando possíveis pontos onde as vítimas possam estar submersas, além de localizar veículos e destroços da estrutura colapsada.
As buscas enfrentam desafios adicionais, como correntes fortes, baixa visibilidade e presença de destroços submersos, exigindo máxima habilidade técnica e resistência física dos mergulhadores. Cada operação é meticulosamente planejada, com apoio de especialistas a bordo das embarcações e em constante comunicação com a base de operações montada próxima ao local do acidente.
Defesa química: monitoramento e descontaminação do rio

Além dos mergulhadores, a Marinha deslocou uma equipe especializada em Defesa Nuclear, Biológica, Química e Radiológica (NBQR), que chegou ao local na terça-feira (24). Esses militares têm a missão de monitorar possíveis substâncias químicas tóxicas que possam ter vazado para as águas do Rio Tocantins, representando risco tanto para os envolvidos nas buscas quanto para as comunidades ribeirinhas.
A presença de cargas perigosas nos veículos que caíram durante o colapso da ponte exigiu atenção especial. Substâncias químicas utilizadas em atividades industriais ou de transporte podem contaminar o ambiente aquático, comprometendo a qualidade da água e afetando a fauna local.
Utilizando equipamentos de detecção avançada, os especialistas NBQR realizam análises constantes da superfície e do leito do rio. Além disso, são responsáveis pela descontaminação de equipamentos e do pessoal envolvido nas buscas, evitando a propagação de substâncias nocivas.
Autoridades locais emitiram um alerta para que a população evite o consumo de água do rio Tocantins na região afetada até que todas as análises sejam concluídas e a segurança seja garantida.
Coordenação e apoio logístico da Marinha no resgate
A operação conta com o apoio das Agências Fluviais de Imperatriz e da Capitania Fluvial do Araguaia-Tocantins, que coordenam embarcações e agentes em terra para garantir que as buscas ocorram com segurança e eficiência.
O suporte aéreo também tem sido fundamental. Helicópteros UH-15 “Super Cougar” transportaram equipamentos de alto valor logístico e realizaram missões de reconhecimento aéreo para identificar pontos críticos de busca. As aeronaves permitem uma visão abrangente do cenário e facilitam a movimentação rápida de equipes e materiais.
Além das ações no local, o Instituto de Estudos do Mar Almirante Paulo Moreira (IEAPM), da Marinha, está analisando amostras de água coletadas no rio. Esses exames laboratoriais são essenciais para determinar o nível de contaminação e fornecer recomendações precisas para mitigar os danos ambientais.
A operação reflete a complexidade logística envolvida no resgate, combinando tecnologia de ponta, equipes altamente treinadas e uma estrutura de comando integrada entre diferentes órgãos e especialidades militares.
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