Mensagem do Ministro de Estado da Defesa por ocasião da comemoração do Dia da Marinha

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Ao celebrarmos, em 11 de junho, o Dia da Marinha, uma data marcada pela bravura e comprometimento de tantos brasileiros, que honraram o nobre compromisso com a defesa da pátria, é sempre motivo de grande satisfação para o Ministério da Defesa dirigir-se aos militares e servidores civis que integram nossa Força Naval, a fim de render uma justa homenagem àqueles que optaram por defender os interesses do Brasil no mar.

A atuação de nossa Marinha ao longo do tempo é indissociável da própria trajetória histórica do País e concorreu, em diferentes momentos, para garantir as dimensões continentais do território, preservar a unidade política, defender nossa soberania e reagir a agressões.

Rememorar os feitos gloriosos na Batalha Naval do Riachuelo, mais do que permitir revisitar fatos históricos, proporciona também a oportunidade de reforçar princípios e valores manifestados em atos heroicos, que servem de inspiração para homens e mulheres de sucessivas gerações que escolheram servir à pátria na Marinha. Mesmo passados 159 anos, esse dia ainda é a fonte maior dos exemplos deixados em um dia decisivo, naquele que se configura até hoje como o maior conflito regional da América do Sul: a Guerra da Tríplice Aliança.

Ao pensar nos valorosos trabalhos e atividades realizados pelos integrantes da Marinha nos dias de hoje, constata-se que a reflexão provocada pelo transcurso desta Data Magna realça o impressionante alcance e transversalidade das ações da Força com tantos outros setores do Governo e com tão variadas áreas de interesse da vida nacional.

A inevitável necessidade de substituição dos meios pelo término do ciclo de vida, o crescimento da importância geopolítica do Atlântico Sul e as ocorrências observadas no ambiente marítimo, que rapidamente trouxeram instabilidade e insegurança em diferentes regiões do mundo, deixam muito claros e convincentes os argumentos que sustentam a defesa por maiores investimentos. Nesse sentido, posso afirmar que estamos trabalhando empenhadamente para alcançar previsibilidade e maiores patamares orçamentários.

Com a responsável e legítima preocupação em fortalecer nosso Poder Naval diante dos desafios contemporâneos e motivados pela necessidade de dotar o País de uma capacidade dissuasória em porte compatível com as riquezas a proteger, nossa Marinha, a despeito das limitações existentes, com muita tenacidade e foco em seus objetivos, prossegue avançando em seus programas estratégicos.

Inicialmente, cito o consistente ritmo do Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB), do qual tive a oportunidade de comparecer à Mostra de Armamento do Submarino “Humaitá” e, mais recentemente, ao lançamento ao mar do Submarino “Tonelero”.

Após visitar o Centro Tecnológico da Marinha em São Paulo (CTMSP) pode-se compreender melhor a complexidade do Programa Nuclear da Marinha (PNM), atribuir o devido valor aos marcos tecnológicos já alcançados e projetar os benefícios advindos dos conhecimentos adquiridos nesta área de inestimável valor estratégico.

Tais iniciativas, juntamente com a construção das Fragatas Classe “Tamandaré”, do Navio Polar “Almirante Saldanha” e dos Navios-Patrulha, além da melhoria de capacidades operacionais que proporcionarão assim que forem incorporados, já promovem reflexos socioeconômicos extremamente positivos, na medida que contribuem com a geração de empregos de alta qualificação, melhoria de renda e investimentos em infraestrutura, além do arrasto tecnológico que se espalha no âmbito da Base Industrial de Defesa.

Temos consciência de que dispondo de navios mais modernos, as inúmeras e exigentes tarefas executadas pela Marinha, tais como missões de patrulhamento, serviços hidrográficos ou de busca e salvamento, ganharão muito mais efetividade.

Não tenho dúvidas do sentimento de gratidão que as populações ribeirinhas têm em relação às missões dos Navios da Esperança, às evacuações de emergência realizadas em nossas aeronaves ou aos combates aos incêndios nos períodos de seca.

As contribuições com a comunidade científica e em apoio a nossa Política Externa com certeza são muitas. A título de exemplo, podemos citar que a partir da presença brasileira no Continente Antártico desde 1982, foi referendada a participação do Brasil nos principais fóruns internacionais que discutem aquela região de importância singular para a regulação térmica do planeta e tão essencial para melhor compreender os eventos climáticos extremos, como o observado recentemente no Rio Grande do Sul.

Não se pode esquecer que a própria imensidão dos 5,7 milhões de km de nossas Águas Jurisdicionais Brasileiras (AJB), imensa fonte de riquezas e da qual tanto nos orgulhamos, não decorre do acaso de nossa geografia, mas sim, resulta de longos processos submetidos à Comissão de Limites da Plataforma Continental na Organização das Nações Unidas (ONU), que têm início com meticulosos levantamentos hidrográficos e prosseguem em intensas interlocuções conduzidas pelo Ministério das Relações Exteriores (MRE) em coordenação com a Marinha.

Passo a destacar alguns aspectos observados de maneira mais próxima neste último ano, como o elevado grau de prontidão com que Marinheiros e Fuzileiros Navais, com seus navios e viaturas, iniciaram imediatamente as ações de prevenção e repressão de delitos nos Portos do Rio de Janeiro, Itaguaí e Santos, bem como no Lago de Itaipu, como parte das ações de Garantia da Lei e da Ordem (GLO).

De mesma forma, vemos a Marinha presente nas ações de combate ao garimpo ilegal e de ajuda humanitária nas Terras Indígenas Yanomami, na Operação Catrimani II.

Irretocável também está sendo a atuação da Marinha no Rio Grande do Sul, demonstrando o valor de se poder contar com a mobilidade de vários de seus navios transportando toneladas de donativos e chegando com efetivos, que materializaram a ajuda a partir do mar e podendo projetar capacidades, recursos e serviços para diminuir o sofrimento do povo gaúcho, somando esforços ao lado das Forças coirmãs. São homens e mulheres, que prosseguem distantes de seus lares e que merecem nosso reconhecimento, por resgatar pessoas, prestar apoio de saúde, produzir água potável, distribuir alimentos e itens essenciais, além de muitas outras ações solidárias.

Faço questão de mostrar que todos os trabalhos são necessários, são percebidos e têm sua importância reconhecida. Os sacrifícios são compensados pela realização ao se fazer o bem e o que é necessário.

Diante de tantas realizações e um ritmo intenso de operações, por dever de justiça e com muito gosto, transmito meus cumprimentos a cada Marinheiro, Fuzileiro Naval e Servidor Civil, homens e mulheres, que integram a Marinha do Brasil e realizam esse valoroso trabalho para o País, incentivando-os a prosseguirem em suas atividades pautados pelo aprimoramento profissional contínuo e tomando como exemplo nossos heróis do passado.

Parabéns a todos! Viva a Marinha!

JOSÉ MUCIO MONTEIRO FILHO
Ministro de Estado da Defesa

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