Marinha testa Raia Virtual de Tiro para aprimorar precisão naval

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As águas do litoral do Rio de Janeiro serviram de palco para uma importante fase de testes do Sistema de Raia Virtual de Tiro (RVT), conduzidos no dia 27 de janeiro pelo Instituto de Pesquisas da Marinha (IPqM) em parceria com o Centro de Apoio a Sistemas Operativos (CASOP). O sistema, projetado para avaliar e aprimorar a precisão do armamento naval, foi testado com apoio do Navio-Hidroceanográfico “Taurus” e do Grupamento de Mergulhadores de Combate, simulando o impacto de projéteis na água para validação da detecção e triangulação dos disparos.

O Sistema de Raia Virtual de Tiro (RVT) e sua importância

O Sistema de Raia Virtual de Tiro (RVT) é uma tecnologia inovadora desenvolvida pelo Instituto de Pesquisas da Marinha (IPqM), com apoio do Centro de Apoio a Sistemas Operativos (CASOP), para otimizar o aprestamento dos navios da Esquadra. Seu objetivo principal é permitir a avaliação da precisão dos disparos navais, fornecendo dados confiáveis para o aprimoramento da doutrina de Apoio de Fogo Naval.

A precisão no tiro naval é essencial para garantir a eficácia das operações militares e minimizar riscos operacionais. Com o RVT, os exercícios de tiro podem ser realizados sem a necessidade de alvos físicos, utilizando boias especializadas que captam os impactos de projéteis na água. Essas boias transmitem os dados para uma estação de controle, onde são analisadas a trajetória e a acurácia dos disparos.

Além de aumentar a segurança dos treinamentos, o sistema possibilita uma análise detalhada da performance dos armamentos e dos operadores de tiro, permitindo correções e ajustes estratégicos em tempo real. O desenvolvimento do RVT representa um avanço significativo na modernização dos exercícios da Marinha do Brasil, tornando-os mais eficientes e tecnologicamente avançados.

Como foram conduzidos os testes no litoral do Rio de Janeiro

Os testes do Sistema RVT foram realizados no dia 27 de janeiro, contando com o suporte operacional do Navio-Hidroceanográfico “Taurus” e do Grupamento de Mergulhadores de Combate. Durante a atividade, foram testadas as funcionalidades de detecção, transmissão e triangulação dos disparos navais.

A execução do teste envolveu os seguintes procedimentos:

  • Posicionamento das boias em pontos estratégicos do litoral carioca, simulando a área-alvo dos disparos.
  • Detonação controlada de cargas explosivas para simular o impacto de projéteis na superfície da água.
  • Captação das ondas de choque geradas pelas detonações, utilizando sensores embarcados nas boias.
  • Transmissão dos dados coletados para a estação de controle, onde foram analisados os resultados da detecção e triangulação.

O Navio-Hidroceanográfico “Taurus” desempenhou um papel fundamental na logística do experimento, fornecendo suporte técnico e garantindo a precisão dos posicionamentos das boias. Já o Grupamento de Mergulhadores de Combate auxiliou na instalação e monitoramento dos equipamentos, garantindo que os sensores estivessem corretamente calibrados para captar os impactos simulados.

Os resultados iniciais indicaram que o sistema cumpriu seus objetivos, demonstrando precisão na identificação e localização dos impactos. No entanto, os pesquisadores do IPqM e do CASOP continuarão a realizar ajustes e aprimoramentos para garantir ainda mais confiabilidade e eficiência ao sistema.

Próximas etapas e expectativas para o RVT

O Sistema RVT faz parte de um cronograma de avaliações contínuas, que visa validar e aprimorar suas funcionalidades antes de sua implementação definitiva nos exercícios da Marinha do Brasil. As próximas fases dos testes incluem:

  • Aprimoramento da calibração dos sensores para aumentar a precisão na detecção dos impactos.
  • Expansão dos testes para diferentes condições marítimas, avaliando o desempenho do sistema em cenários variados.
  • Integração do RVT com outros sistemas de simulação e treinamento, potencializando o realismo dos exercícios de tiro.

A expectativa é que o Sistema RVT possa ser plenamente adotado nos treinamentos de Apoio de Fogo Naval, simulando um cenário terrestre sobre as águas jurisdicionais brasileiras. Com essa tecnologia, a Marinha do Brasil avança na modernização de seus exercícios operacionais, garantindo maior eficiência, segurança e precisão para os navios da Esquadra.

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Apoio

Marcelo Barros, com informações e imagens da Marinha do Brasil
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Assessoria de Comunicação (UNIALPHAVILLE), MBA em Jornalismo Digital (UNIALPHAVILLE), Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).

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