Marinha reforça capacidade de resposta a incidentes nucleares e radiológicos

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Em uma demonstração de prontidão operacional, a Marinha do Brasil realizou o 9º Exercício de Resposta a Emergências Nucleares e Radiológicas. O treinamento incluiu a simulação de um vazamento no Centro Experimental Aramar, triagem de vítimas e transporte aéreo para o Hospital Naval Marcílio Dias, reforçando a capacidade de resposta a incidentes radiológicos de alta complexidade.

Detalhes do exercício e simulação de emergência

No dia 25 de novembro, a Marinha do Brasil conduziu uma operação simulada que replicou um vazamento radiológico no Laboratório de Materiais Nucleares (LABMAT), no Centro Experimental Aramar (CEA), em Iperó (SP). O cenário incluiu a identificação de quatro vítimas, ações de evacuação e descontaminação, além do isolamento da área afetada.

Entre as medidas simuladas, a triagem das vítimas foi realizada pela Equipe de Proteção Radiológica, que avaliou a dose de radiação recebida por cada uma. Uma das vítimas foi transportada em um helicóptero AH-15B até a Unidade de Tratamento Intensivo para Radioacidentados (UTIR) do Hospital Naval Marcílio Dias (HNMD), no Rio de Janeiro, um procedimento que demonstrou a capacidade de resposta integrada e o uso de recursos avançados para emergências complexas.

Capacidade integrada de resposta da Marinha do Brasil

O exercício envolveu uma coordenação minuciosa entre organizações militares e civis, como o Comando-Geral do Corpo de Fuzileiros Navais (CGCFN), o Comando de Operações Navais (ComOpNav) e o Centro Nacional de Gerenciamento de Emergência Nuclear, ligado ao Gabinete de Segurança Institucional (GSI-PR). A operação foi monitorada em tempo real por meio do Sistema de Acompanhamento de Respostas a Emergências.

A integração das equipes foi destacada pelo Contra-Almirante Paulo Cesar Demby Corrêa, Superintendente de Operações da Secretaria de Segurança Nuclear e Qualidade (SecNSNQ), que afirmou: “Verificamos que somos capazes de dar uma resposta eficiente e eficaz visando à segurança das pessoas, do meio ambiente e das instalações”.

A conexão entre Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília durante o exercício reforçou a capacidade de ação coordenada em cenários de alta complexidade, garantindo uma resposta rápida e eficiente em possíveis emergências reais.

O papel da SecNSNQ e a relevância do exercício

A Secretaria de Segurança Nuclear e Qualidade (SecNSNQ), responsável por regular, licenciar e fiscalizar atividades nucleares no âmbito da Marinha, desempenhou um papel essencial no planejamento e execução do exercício. Sua atuação assegura que embarcações e instalações nucleares operem com segurança, protegendo tripulações, população e meio ambiente contra os riscos das radiações ionizantes.

Treinamentos como este são fundamentais para preparar a Marinha do Brasil para emergências reais, garantindo a adoção de procedimentos rigorosos e a utilização de equipamentos de última geração. Além de mitigar os impactos de possíveis incidentes, esses exercícios promovem a constante atualização das equipes envolvidas e asseguram a eficiência da resposta a situações críticas.

A simulação bem-sucedida destacou a prontidão da Marinha e de seus parceiros institucionais para lidar com incidentes nucleares e radiológicos, consolidando o Brasil como uma referência na gestão de segurança nuclear e ambiental.

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Marcelo Barros, com informações e imagens da Agência Marinha
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Assessoria de Comunicação (UNIALPHAVILLE), MBA em Jornalismo Digital (UNIALPHAVILLE), Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).

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