Laboratório de Geração de Energia Nucleo-Elétrica

No período de 10 a 13 de outubro, a Marinha do Brasil recebeu em suas instalações nucleares a visita de representantes da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), da Agência Brasileiro-Argentina de Contabilidade e Controle de Materiais Nucleares (ABACC), do Ministério das Relações Exteriores (MRE) e da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), dando continuidade às negociações dos Procedimentos Especiais de Salvaguardas do combustível nuclear para o Submarino Convencionalmente Armado com Propulsão Nuclear “Álvaro Alberto” (SCPN).

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A visita teve início no Centro Experimental Aramar (CEA), localizado no município de Iperó (SP). No local, os representantes conheceram o Laboratório de Materiais Nucleares (LABMAT) e o Laboratório de Geração de Energia Nucleo-Elétrica (LABGENE). O LABMAT é a instalação responsável pelo processo de reconversão de hexafluoreto de urânio (UF6) e pela fabricação e montagem dos elementos combustíveis. O LABGENE é o protótipo em terra que foi projetado para possibilitar a simulação, em condições de operação segura, da planta de propulsão nuclear do SCPN e dos diversos sistemas eletromecânicos a ela integrados.

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Representantes da AIEA, ABACC, MRE e CNEN em visita ao Complexo Naval de Itaguaí

A segunda visita ocorreu no Complexo Naval de Itaguaí (CNI), localizado na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, onde será construído o Complexo de Manutenção Especializada (CME), unidade para procedimentos nucleares, como por exemplo, as trocas do combustível nuclear do SCPN. A visita permitiu aos representantes da AIEA conhecer “in loco” a Unidade de Fabricação de Estruturas Metálicas (UFEM) e o Estaleiro de Construção de Submarinos.

reuniao de discussao para os procedimentos especiais de salvaguarda
Reunião de discussão para os Procedimentos Especiais de Salvaguarda

Na sequência, os representantes da AIEA e da ABACC reuniram-se com a Delegação Brasileira de Negociação para os Procedimentos Especiais de Salvaguardas, nas instalações da Diretoria-Geral de Desenvolvimento Nuclear e Tecnológico da Marinha, para uma rodada de discussões.

A proposta brasileira em negociação para os Procedimentos Especiais de Salvaguardas é resultante de estudo realizado pela Comissão Permanente de Salvaguardas da Marinha e visa atender aos requisitos de uso pacífico do material nuclear, previstos nos termos do Acordo Quadripartite, assinados em 1991 pelo Brasil, Argentina, ABACC e AIEA.

Marcelo Barros, com informações da Marinha do Brasil
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Assessoria de Comunicação (UNIALPHAVILLE), MBA em Jornalismo Digital (UNIALPHAVILLE), Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).