Em 23 de abril, o Comando do 2º Distrito Naval (Com2ºDN) organizou um exercício crítico denominado “Exercício de Incidente de Pandemia”, envolvendo a Corveta “Caboclo”, o Hospital Naval de Salvador e a Base Naval de Aratu. Esta simulação foi desenhada para testar a eficácia dos procedimentos de resposta a uma crise de saúde pública a bordo de embarcações na região, um componente crucial para a segurança e prontidão naval.

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Instalação e funcionalidade do contêiner de tratamento

O exercício incluiu o embarque e a instalação de um Contêiner de Tratamento de Doenças Infectocontagiosas (CTDIC), uma unidade dividida em três ambientes principais: antecâmara, enfermaria e banheiro. Este contêiner é especialmente desenvolvido para manter uma pressão interna inferior à do meio externo, o que é essencial para prevenir a fuga de micro-organismos patogênicos para fora do ambiente controlado. A iniciativa demonstra a capacidade da Marinha em lidar com ameaças biológicas e em manter a integridade sanitária a bordo e em instalações terrestres.

Aprimoramento das técnicas de manejo de enfermidades

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Militares em adestramento para o aprimoramento das técnicas de remoção de enfermos

A simulação permitiu que os militares praticassem técnicas avançadas de remoção de enfermos e de instalação logística do contêiner, aspectos que são fundamentais para a eficácia da resposta a um surto de doença contagiosa. Além disso, o exercício contribuiu para a certificação de prontidão das unidades envolvidas com os órgãos de fiscalização sanitária do país, assegurando que a Marinha esteja preparada para agir efetivamente no controle e mitigação de epidemias.

Cooperação e certificação no combate a doenças

Este treinamento é parte de um esforço contínuo para garantir que as embarcações navegando sob a jurisdição do Com2ºDN estejam equipadas e prontas para combater a propagação de doenças infectocontagiosas. A cooperação entre as unidades navais e as autoridades sanitárias fortalece a capacidade de resposta a emergências de saúde em águas brasileiras, destacando o compromisso da Marinha com a proteção da saúde pública e a segurança nacional.

Um chamado à conscientização e preparação

O “Exercício de Incidente de Pandemia” não apenas reforça o estado de prontidão das forças navais, mas também serve como um lembrete vital para a sociedade sobre a importância da preparação e resposta rápida a emergências sanitárias. A iniciativa reafirma o papel essencial que as Forças Armadas desempenham em garantir a segurança e o bem-estar da população em tempos de crise.

Marcelo Barros, com informações da Marinha do Brasil
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Assessoria de Comunicação (UNIALPHAVILLE), MBA em Jornalismo Digital (UNIALPHAVILLE), Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).