A Marinha do Brasil (MB) conduzirá, no período de 22 a 26 de agosto, um importante exercício no Centro Experimental de Aramar (CEA), em Iperó (SP). O objetivo principal é o treinamento de respostas rápidas e integradas a emergências nucleares, radiológicas e de segurança orgânica.

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O exercício permitirá também integrar os diferentes níveis e setores do Sistema de Defesa Nuclear, Biológica, Química e Radiológica da MB (SisDefNBQR-MB), aprimorando as capacidades para todas as possibilidades de resposta e ações que visem complementar o atendimento a emergências, além da proteção física de instalações estratégicas de interesse da MB, como o CEA.

Esse inédito treinamento será coordenado pelo Centro Tecnológico da Marinha em São Paulo (CTMSP) e pelo Centro de Defesa Nuclear, Biológica, Química e Radiológica da MB (CDefNBQR-MB) e contará com a presença da Agência Naval de Segurança Nuclear e Qualidade (AgNSNQ) atuando como observador. Haverá a participação de meios de diferentes setores da MB, incluindo dois batalhões de Defesa NBQR, que integrarão um Grupamento Operativo de Fuzileiros Navais (GptOpFuzNav): o Batalhão de Defesa NBQR de Aramar será reforçado pelo Batalhão de Defesa NBQR da Força de Fuzileiros da Esquadra.

Serão empregadas viaturas blindadas PIRANHA (incluindo uma ambulância UTI) com seu Sistema de Suporte de Vida (Life Support System), que estabelece estanqueidade e pressurização positiva no interior do veículo, proporcionando aos militares embarcados cerca de oito horas de proteção e autonomia para deslocamentos em áreas sujeitas a risco de contaminação.

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Viaturas blindadas farão parte do exercício Imagem: Marinha do Brasil

A operação contará também com uma Unidade Avançada de Trauma (UAT), com emprego de telemedicina, pertencente à Unidade Médica Expedicionária da Marinha (UMEM), além de aeronaves remotamente pilotada (ARP) e misseis superfície-ar (MSA) Mistral, pertencentes ao Batalhão de Combate Aéreo, tropas de infantaria e de operações especiais. Serão empregados 48 veículos motorizados e um efetivo de cerca de 600 militares.

De acordo com o Capitão de Mar e Guerra (FN) Flavio Lamego Pascoal, Comandante do CDefNBQR-MB, “durante a operação, serão simuladas ameaças e interrupções de algumas das atividades do CEA, podendo envolver bloqueios das usinas e laboratórios. Também ocorrerão patrulhas para reconhecimento da área, proteção física das instalações, controle de distúrbios, ações de defesa antiaérea, entre outros adestramentos.”

O treinamento reforça o compromisso da MB com o desenvolvimento do Setor Estratégico Nuclear, conforme estabelecido na Estratégia Nacional de Defesa (END).

Centro Tecnológico da Marinha em São Paulo (CTMSP)
O CTMSP é o local onde desde 1979 vem sendo executado o Programa Nuclear da Marinha, com o propósito de dominar o ciclo de combustível nuclear (tecnologia de produção do combustível nuclear) e desenvolver uma planta nuclear de geração de energia elétrica, que tem como objetivo o desenvolvimento de capacitação tecnológica no projeto, construção, comissionamento, operação e manutenção de reatores nucleares do tipo PWR (Pressurized Water Reactor).

O Programa Nuclear da Marinha proporciona uma série de benefícios para a sociedade, dentre eles: Tecnologia dual (militar e civil); Geração de energia limpa; Nacionalização de processos e equipamentos; Inovações para a indústria, com a participação de universidades e institutos de pesquisa; Independência em tecnologias sensíveis; Desenvolvimento da Indústria Nacional de Defesa; Geração de empregos diretos e indiretos; e Inserção do Brasil na seleta lista de nações que dominam a tecnologia nuclear.

Marcelo Barros, com informações da Marinha do Brasil
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Assessoria de Comunicação (UNIALPHAVILLE), MBA em Jornalismo Digital (UNIALPHAVILLE), Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).