Após dois anos sem Carnaval por conta da pandemia da covid-19, o carnaval deste ano em Salvador (BA) começou na quinta (16) e foi realizado até a quarta-feira de cinzas, dia 21 de fevereiro.

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Em continuidade às atividades previstas na Operação Verão 2022/2023, que se encerram no dia 28 de fevereiro, a Marinha do Brasil (MB) mobilizou equipes de inspeção naval da Capitania dos Portos da Bahia (CPBA), da Capitania dos Portos de Sergipe (CPSE) e das delegacias e agências da área de jurisdição do Comando do 2° Distrito Naval (Com2ºDN), que abrange os estados da Bahia e Sergipe.

Durante a Operação Carnaval (16 a 22 de fevereiro), em Salvador (BA), a CPBA realizou 1.565 abordagens à embarcações, com 75 notificações, oito apreensões, realizadas principalmente nos seguintes locais: Barra/Porto da Barra; Praia da Ribeira; São Tomé de Paripe; Madre de Deus; Morro de São Paulo; Gamboa do Morro; Boipeba; e Barra do Jacuípe.

Também durante o período, ocorreram dois eventos que se destacaram e contaram com a participação da Marinha: a chegada do canoísta sul-africano Richard Kohler e a passagem do veleiro-escola do Grupo de Escoteiros do Brasil, que iniciou sua jornada no dia 14 de fevereiro em Natal (RN), tendo como destino final o Porto de Paranaguá (PR).

Canoísta sul-africano

O Com2ºDN apoiou a chegada do sul-africano Richard Kohler após o canoísta cruzar o oceano atlântico em um caiaque solo. A travessia, concluída no dia 19 de fevereiro, durou 64 dias e partiu da Cidade do Cabo com destino à capital baiana.

Para Richard, ser recepcionado pela Marinha do Brasil foi motivo de orgulho: “Fico muito grato por ter sido recebido pela Marinha na minha chegada. Isso mostra a importância que a Força confere aos assuntos relacionados ao mar. Uma das causas dessa minha expedição é chamar atenção para a nossa responsabilidade de cuidar dos nossos oceanos.”

Na ocasião, uma lancha da Capitania dos Portos da Bahia realizou a escolta da embarcação desde a entrada da boca da Barra até o local de atracação do caiaque. Antes, porém, Richard consolidou a expedição pisando nas areias da praia do Porto da Barra, onde foi recepcionado por uma representação do Com2ºDN e integrantes da comunidade marítima.

Veleiro Escola

Seis veleadores da modalidade do mar navegam, desde o dia 14 pela costa brasileira, a bordo do veleiro-escola do Grupo Escoteiro do Brasil, em um trajeto iniciado em Natal (RN), com destino final no Porto de Paranaguá (PR).

A comissão se trata da primeira expedição com representantes dos Escoteiros do Brasil a bordo da embarcação, que esteve fundeada nos dias 20 e 21 no cais da Capitania dos Portos da Bahia, onde recebeu a visita dos Escoteiros do Mar, no dia 21.

Cerca de 25 crianças e jovens de grupos de escoteiros do mar tiveram a oportunidade de aprofundar o conhecimento sobre o mundo marítimo e suas peculiaridades. Um dos visitantes, Felipe Ramos Ribeiro Santiago, de 14 anos, do Grupo Escoteiro do Mar “Luis Tarquinio – 4° BA (GEMAR)”, disse que, apesar de já ter conhecido o Navio–Veleiro “Cisne Branco”, o veleiro dos escoteiros o surpreendeu. “Apesar do veleiro parecer pequeno por fora, ele é bem espaçoso. Achei interessante conhecer as instalações e ver que tem escritório, cozinha, quartos, banheiros. Quem vê de longe, nem imagina”, afirmou.

“Essa navegação pela costa do Brasil é algo inédito para os Escoteiros do Brasil. Os associados maiores de 18 anos, que possuem habilidades náuticas e se interessarem, podem também realizar um trecho do trajeto conosco”, convida o Coordenador Nacional da Modalidade do Mar (CONAMAR) da União dos Escoteiros do Brasil, Marco Antônio Bortoli.

Segundo Bortoli, o objetivo é que ainda no segundo semestre deste ano todos os associados possam navegar. Para uma das tripulantes e integrante do Grupo Escoteiro do Mar “Bons Ventos (GEMAR – 200/RN)”, Débora Ramos de Oliveira, 44 anos, essa experiência vai ser fundamental, uma vez que, segundo ela, o escotismo só se aprende na prática: “Por meio do veleiro, os jovens e os adultos vão aprender as artes e as técnicas marinheiras, a navegação à vela, os esportes submarinos e náuticos, além de dividirem as responsabilidades quando estiverem embarcados”.

Assim, mesmo os escoteiros que são da modalidade básica e do ar poderão, a partir do segundo semestre, participar das comissões, uma vez que “é uma oportunidade de crescimento pessoal, aprendizado de valores e de vida em sociedade”, ressalta.

Danilo Dantas, de 37 anos, um dos tripulantes e integrante do Grupo Escoteiro do Mar “Artífices Náuticos (GEMAN – 64/RN)”, destacou que quando estão dentro da embarcação, todos têm que trabalhar em conjunto. “Ao vivenciarem essa realidade, os jovens aprenderão pela ação, elaboração e inovação. Ao adentrarem no mundo corporativo, por exemplo, vai ser mais fácil, pois eles vão ter aprendido valores pessoais, profissionais e a importância de se trabalhar em grupo”, afirmou.

O veleiro, que já passou pela Paraíba (PB) e Alagoas (AL) partiu de Salvador no dia 21. Para realizar a visita ou uma ‘pernada’, basta entrar em contato com a coordenação nacional através do WhatsApp (41) 3090-7923.

Escoteiros do Mar

O Movimento Escoteiro foi fundado em 1907 pelo General Robert Baden – Powell, na Inglaterra. Em 17 de abril de 1910, o Encouraçado “Minas Gerais” chegou ao Brasil junto com os novos navios construídos na Inglaterra. Na ocasião, os primeiros manuais, uniformes e escoteiros brasileiros, filhos de alguns dos oficiais e suboficiais que estavam na comissão de recebimento dos navios na Inglaterra, e que fizeram parte do início do Movimento Escoteiro naquele país, também chegaram com os navios. Sendo assim, a Marinha trouxe o Escotismo ao Brasil em 1910 e, na década de 1920, garantia o desenvolvimento do Escotismo do Mar por meio do Aviso nº 3.811, de 28 de março de 1923, do Ministro da Marinha, o qual criou o primeiro regulamento dos Escoteiros do Mar.

Por Primeiro – Tenente (T) Tatiane Bispo e Primeiro-Tenente (RM2-T) Vitor Dagne

Marcelo Barros, com informações da Marinha do Brasil
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Assessoria de Comunicação (UNIALPHAVILLE), MBA em Jornalismo Digital (UNIALPHAVILLE), Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).