Marinha realiza curso de drones com foco em segurança nuclear

Entrada do CTMSP Aramar com âncora decorativa
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No coração de uma das áreas mais estratégicas do Brasil, o Centro Industrial Nuclear de Aramar (CINA), a Marinha do Brasil promoveu um curso inédito para capacitar seus militares na operação de drones (RPA) com foco em segurança nuclear. Em parceria com a Associação Brasileira de Multirrotores (ABM), o adestramento reforça a preparação dos agentes que atuam em zonas sensíveis e eleva o padrão tecnológico das ações de defesa e prevenção.

Aspectos técnicos do curso de operação de drones (RPA) e sua aplicação na segurança nuclear

O curso foi estruturado em duas fases complementares: uma teórica e outra prática. Na parte teórica, os participantes aprofundaram-se nas normas da ANAC e do DECEA sobre a operação de aeronaves remotamente pilotadas (RPA), com ênfase nas diretrizes para áreas sensíveis e de acesso restrito, como instalações nucleares. Também foram abordadas técnicas de segurança operacional e prevenção de acidentes, fundamentais para ambientes de alta criticidade.

Na etapa prática, realizada na Área de Pouso Administrativa de Aramar, os militares realizaram voos com drones equipados com câmeras termais e infravermelhas, simulando cenários de combate a incêndios, rondas perimetrais e identificação de potenciais ameaças. A precisão das imagens e a capacidade de resposta rápida dos RPAs demonstraram o valor estratégico dessa tecnologia para a proteção do CINA.

Importância da capacitação militar para cenários de proteção de infraestrutura crítica

O adestramento contribui diretamente para o aprimoramento da segurança física do Centro Industrial Nuclear de Aramar, local onde são desenvolvidos componentes do programa nuclear da Marinha. A preparação de pessoal capacitado para operar drones garante não só uma resposta rápida a emergências, como também o monitoramento constante de zonas de risco, antecipando situações que possam comprometer a segurança nacional.

Ao investir na formação continuada de seus militares, a Marinha reforça sua posição como uma das instituições que mais absorvem e adaptam tecnologias civis para o contexto da defesa. Essa estratégia fortalece a soberania nacional e assegura que infraestruturas críticas permaneçam protegidas contra ameaças internas e externas.

Parceria entre Marinha do Brasil e ABM: inovação no uso de tecnologia para defesa estratégica

A realização do curso foi possível graças à cooperação entre a Diretoria-Geral de Desenvolvimento Nuclear e Tecnológico da Marinha (DGDNTM) e a Associação Brasileira de Multirrotores (ABM). O presidente da ABM, Lincoln Kadota, destacou a importância de atualizar continuamente os conhecimentos técnicos das forças armadas, especialmente quando se trata da utilização de tecnologias emergentes, como os drones com sensores inteligentes.

Essa colaboração reflete uma tendência crescente de parcerias entre instituições militares e o setor tecnológico privado, ampliando o acesso a inovações e potencializando a aplicação dessas soluções em cenários operacionais reais. A capacitação conjunta representa um modelo de integração eficaz entre defesa, ciência e tecnologia, indispensável em tempos de desafios cada vez mais sofisticados à segurança do Estado brasileiro.

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