Marinha inspeciona sinais náuticos em 593 km da Hidrovia Paraguai-Paraná

Não fique refém dos algorítimos, nos siga no Instagram, Telegram ou no Whatsapp e fique atualizado com as últimas notícias.

A Hidrovia Paraguai-Paraná é um dos principais eixos logísticos do país, conectando o Brasil a nações vizinhas e impulsionando o transporte fluvial. Para garantir que a navegação ocorra com segurança, a Marinha do Brasil, por meio do Centro de Hidrografia e Navegação do Oeste (CHN-6), realizou uma inspeção detalhada dos sinais náuticos entre Corumbá e a Foz do Rio Apa (MS). A missão foi conduzida pela Lancha Balizadora de Águas Interiores (LBAI) “Piracema”, reforçando o compromisso da Força Naval com a segurança do tráfego aquaviário e a proteção do bioma pantaneiro.

A importância da Hidrovia Paraguai-Paraná para o Brasil

A Hidrovia Paraguai-Paraná desempenha um papel estratégico no transporte de cargas, ligando o Brasil a Argentina, Paraguai e Uruguai. Essa rota fluvial é essencial para a exportação de grãos, minérios e outros produtos, oferecendo uma alternativa eficiente e sustentável ao transporte rodoviário.

A interligação entre os rios Paraguai e Paraná permite a movimentação de grandes volumes de mercadorias com menor impacto ambiental e custos reduzidos. No entanto, a navegação segura nessa hidrovia exige a constante manutenção da sinalização náutica, garantindo que embarcações de diferentes portes possam transitar sem riscos.

Além da relevância econômica, a hidrovia atravessa uma das áreas de maior biodiversidade do mundo: o Pantanal. A preservação desse bioma depende de operações logísticas responsáveis, que minimizem os impactos ambientais e garantam a coexistência entre a atividade humana e o ecossistema local.

A operação da Lancha Balizadora “Piracema” e os sinais náuticos

Entre os dias 22 de janeiro e 5 de fevereiro, a LBAI “Piracema” percorreu 593 quilômetros ao longo da hidrovia, inspecionando 261 sinais náuticos. Esses dispositivos, essenciais para a navegação segura, incluem boias, balizas e marcos de sinalização que orientam as embarcações sobre a profundidade, correnteza e perigos submersos na rota.

A equipe do CHN-6 avaliou a funcionalidade e a posição dos sinais náuticos, utilizando equipamentos avançados baseados no Sistema Global de Navegação por Satélite (GNSS). A tecnologia permitiu identificar possíveis desvios e realizar correções para garantir maior precisão na orientação das embarcações.

Segundo o Capitão de Fragata Elides Freitas de Jesus Júnior, Diretor do CHN-6, a missão foi essencial para manter as boas condições do tráfego na hidrovia. “A inspeção dos sinais náuticos permite que a navegação ocorra de forma segura, beneficiando o desenvolvimento regional e contribuindo para a proteção da vida humana e do meio ambiente”, destacou.

Segurança da navegação e preservação ambiental no Pantanal

A segurança na navegação é um fator determinante para a proteção do bioma pantaneiro. A correta sinalização das vias fluviais reduz o risco de acidentes, evitando encalhes e colisões que poderiam causar danos tanto às embarcações quanto ao ecossistema local.

Além disso, o transporte fluvial bem regulado contribui para a sustentabilidade do Pantanal, ao reduzir a necessidade de expansão do modal rodoviário e minimizar o impacto da atividade humana sobre a fauna e a flora. A Marinha do Brasil, por meio do CHN-6, desempenha um papel fundamental nesse equilíbrio, garantindo que o desenvolvimento da região ocorra de maneira sustentável.

Com operações regulares de inspeção e manutenção dos sinais náuticos, a Marinha assegura que a Hidrovia Paraguai-Paraná continue sendo uma rota estratégica para o comércio, ao mesmo tempo em que preserva um dos mais ricos ecossistemas do planeta.

A missão da LBAI “Piracema” reforça o compromisso da Força Naval com a segurança da navegação e a proteção ambiental, garantindo que as águas da hidrovia permaneçam navegáveis e seguras para as gerações futuras.

Participe no dia a dia do Defesa em Foco

Dê sugestões de matérias ou nos comunique de erros: WhatsApp 21 99459-4395

Google News

Marcelo Barros, com informações e imagens da Marinha do Brasil
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Assessoria de Comunicação (UNIALPHAVILLE), MBA em Jornalismo Digital (UNIALPHAVILLE), Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor insira seu comentário!
Digite seu nome aqui