O Programa Nuclear da Marinha (PNM) celebrou, nesta quarta-feira, 21 de outubro, mais uma etapa do Programa de Desenvolvimento de Submarinos (Prosub), no Centro Experimental Aramar, em Iperó, com o início da montagem do reator no protótipo em terra da planta de propulsão nuclear. A Amazul, que participa ativamente dos dois programas, foi representada no evento pelo seu diretor técnico Francisco Roberto Portella Deiana.

A planta de propulsão nuclear, que está sendo construída no Laboratório de Geração Nucleoelétrica (Labgene), será replicada futuramente na construção do “Álvaro Alberto”, o primeiro submarino brasileiro com propulsão nuclear.

A cerimônia contou com a presença do presidente da República, Jair Messias Bolsonaro; do ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva; do comandante da Marinha, almirante de esquadra Ilques Barbosa Júnior, além de outras autoridades e representantes de órgãos, instituições e empresas participantes do Programa Nuclear da Marinha e do Prosub.

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Protótipo do reator em terra

O início da montagem do reator foi celebrado com o “batimento de quilha”, tradição naval que representa o início da construção de um navio, seguido pela instalação de uma sela fixa sobre o inserto metálico do vaso de contenção, que também é chamado de “Bloco 40” no Labgene.

Nas próximas etapas do programa, o reator, os turbogeradores, o motor elétrico e outros sistemas similares aos de um submarino com propulsão nuclear serão testados de forma controlada no Labgene. O objetivo princial dos testes é validar, de forma segura, a operação do reator e dos diversos sistemas eletromecânicos a ele integrados, antes de sua instalação a bordo do submarino.

Ao final dos testes, um reator similar ao que começa a ser montado no Labgene será instalado no submarino “Álvaro Alberto”, no Complexo Naval de Itaguaí, no Rio de Janeiro. Ali já estão sendo construídos ou testados os quatro submarinos com propulsão dieselelétrica também previstos no ProSub: o “Riachuelo” (S-40), o “Humaitá” (S-41), o “Tonelero” (S-42) e o “Angostura” (S-43).

Com o PNM e o ProSub, dois complexos programas da Defesa, o Brasil conquistará a capacidade de projetar, construir, operar e manter submarinos com propulsão nuclear, competências detidas atualmente por apenas cinco países: Estados Unidos, Reino Unido, França, Rússia e China.

Com informações do Centro de Comunicação Social da Marinha

Foto: Marcos Corrêa/PR

Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Universidade Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).