Marinha implementou medidas inéditas para segurança no Réveillon de Copacabana

A maior festa de Réveillon do Brasil, realizada na icônica Praia de Copacabana, contou este ano com um esquema de segurança marítima reforçado pela Marinha do Brasil. Pela primeira vez, embarcações autorizadas exibiram um adesivo de passe livre, enquanto seus condutores utilizaram uma pulseira “zero álcool”, após aprovação no teste de etilômetro. Essas medidas garantiram que o espetáculo da queima de fogos ocorresse com máxima segurança e organização, protegendo milhares de pessoas que celebraram a chegada do novo ano na orla carioca.

Medidas inéditas: Adesivo de passe livre e pulseira “zero álcool”

Para aumentar o controle e a segurança durante o espetáculo de Réveillon, a Marinha do Brasil implementou duas novas exigências para embarcações que permaneceram nas áreas de interdição marítima durante a queima de fogos:

• Adesivo de Passe Livre: Emitido após vistoria prévia, esse adesivo foi fixado no costado das embarcações aprovadas. Ele garantiu que a embarcação cumprisse todas as exigências de segurança estabelecidas pelas Normas da Autoridade Marítima.
• Pulseira “Zero Álcool”: Os condutores realizaram o teste do etilômetro no dia do evento. Somente aqueles aprovados no teste receberam a pulseira, que funcionou como um passe de permissão para navegar na área restrita.

De acordo com o Capitão dos Portos do Rio de Janeiro, Capitão de Mar e Guerra Luciano Calixto de Almeida Junior, essas medidas evitaram que embarcações irregulares ou condutores sob efeito de álcool colocassem vidas em risco durante o evento.

“A cada ano, os parâmetros de segurança são ajustados com base nas lições aprendidas nos anos anteriores e nas demandas crescentes da sociedade”, destacou o oficial.

Atuação da Capitania dos Portos no planejamento do evento

O planejamento da segurança marítima para o Réveillon de Copacabana começou com antecedência. A Capitania dos Portos do Rio de Janeiro (CPRJ) realizou inspeções detalhadas em embarcações de esporte e recreio, turismo náutico e transporte de passageiros, além das balsas responsáveis pela queima de fogos e seus rebocadores de apoio.

Entre as principais ações estiveram:

• Vistorias Estruturais: Garantir que balsas e embarcações estivessem em plenas condições de segurança.
• Delimitação das Áreas de Interdição Marítima: Espaços específicos foram reservados para embarcações de grande porte e navios de cruzeiro.
• Fiscalização Intensiva no Dia do Evento: Equipes de inspeção naval estiveram distribuídas em Marinas e Clubes Náuticos, verificando a documentação e as condições das embarcações.

Além de Copacabana, a atuação da CPRJ se estendeu para outros locais com shows de fogos, como Praia do Flamengo, Icaraí, Itaipu e Lagoa de Maricá.

A grandiosidade do espetáculo: Bastidores do Réveillon de Copacabana

O espetáculo da virada em Copacabana foi mais do que apenas um show de fogos de artifício: foi um evento de proporções gigantescas, que exigiu planejamento meticuloso tanto em terra quanto no mar.

No dia 30 de dezembro, ocorreu a vistoria final das balsas responsáveis pelos fogos. Técnicos inspecionaram estruturas, sistemas de segurança e capacidade de combate a incêndios. Da mesma forma, rebocadores que conduziram as balsas até o ponto de fundeio também foram fiscalizados.

De acordo com a empresa responsável pelo evento, o espetáculo deste ano contou com:

• 35 mil disparos de fogos de artifício em um show de 12 minutos.
• Dez balsas sincronizadas por GPS, garantindo precisão milimétrica no lançamento dos fogos.
• Novos efeitos visuais, como explosões em 3D, com formatos de corações e do planeta Saturno.
• Uma cascata luminosa dourada, que encerrou o espetáculo com grande impacto visual.

O rigor no cumprimento das normas de segurança, aliado às novidades tecnológicas, refletiu o compromisso da Marinha do Brasil em garantir que a chegada de 2025 fosse celebrada com alegria, segurança e organização.