Marinha e PF apreendem veleiro argentino irregular em Angra

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Em uma ação que reforça o controle sobre as águas jurisdicionais brasileiras, a Marinha do Brasil e a Polícia Federal, com apoio da Receita Federal, apreenderam um veleiro de bandeira argentina irregular em Angra dos Reis-RJ. A operação conjunta, denominada “Vento na Quilha”, identificou a ausência de documentos obrigatórios, e o proprietário da embarcação responderá por descaminho.

Fiscalização técnica e exigências legais

A operação conjunta revelou a ausência de dois documentos fundamentais para a circulação de embarcações estrangeiras em território nacional: o registro de admissão temporária, emitido pela Receita Federal, e a autorização de entrada, controlada pela Polícia Federal. A falta desses documentos configura infração à legislação brasileira, caracterizada como descaminho — crime que envolve a entrada irregular de bens no país, sem o devido pagamento de tributos.

A participação da Marinha foi essencial para a análise técnica do caso. Militares da DelAReis realizaram a vistoria detalhada da embarcação, verificando sua situação documental, as condições de segurança e a conformidade com as normas da Autoridade Marítima. A ação reafirma o compromisso da Marinha com o rigor regulatório e a proteção da navegação legal em águas brasileiras.

Segurança costeira e justiça econômica

A apreensão do veleiro irregular não é apenas um ato punitivo, mas uma medida de proteção à segurança costeira. Em regiões como Angra dos Reis, onde o turismo náutico, a pesca e o transporte local são ativos econômicos relevantes, a presença de embarcações ilegais representa risco à segurança e à estabilidade econômica.

A operação contribui também para a igualdade de condições no setor náutico, garantindo que embarcações estrangeiras sigam as mesmas exigências legais das nacionais. Essa fiscalização constante combate a concorrência desleal, protege operadores regulares e valoriza o turismo legalizado, tão importante para a economia de Angra dos Reis.

Cooperação institucional e fortalecimento da soberania

A Operação Vento na Quilha é um exemplo claro do poder da cooperação interagências. A integração entre Marinha, Polícia Federal e Receita Federal permite que diferentes especialidades — do controle aduaneiro ao policiamento e à segurança da navegação — atuem de forma coordenada para proteger o mar brasileiro.

Com nove apreensões em menos de um ano, Angra dos Reis se consolida como um centro de atenção estratégica das autoridades. O esforço conjunto não apenas desarticula crimes no litoral, como também reforça a soberania nacional, garantindo que nossas águas sejam respeitadas por todas as embarcações, sejam elas nacionais ou estrangeiras.

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Marcelo Barros, com informações e imagens da Marinha do Brasil
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Assessoria de Comunicação (UNIALPHAVILLE), MBA em Jornalismo Digital (UNIALPHAVILLE), Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).

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