Marinha e Petrobras ampliam REMObs com veículos autônomos

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A costa brasileira está prestes a ser monitorada com precisão sem precedentes. Graças à parceria entre a Marinha, a Petrobras e a Fundep, o projeto REMObs será ampliado, incorporando veículos autônomos e sensores de última geração. Essa inovação promete transformar a pesquisa e a segurança no mar.

Tecnologia de ponta para o monitoramento marinho

O avanço do projeto REMObs é marcado pela aquisição de sete novos veículos autônomos submarinos “Glider Slocum” e três de superfície “Offshore Sensing Sailbuoy”. Esses equipamentos, aliados a boias e sensores modernos, serão fundamentais para a coleta de dados sobre correntes marítimas, temperatura da água e condições meteorológicas. Com autonomia operacional e capacidade de transmitir informações em tempo real, essas tecnologias elevam a precisão e a agilidade na observação do ambiente marinho.

Além disso, a área de atuação do projeto foi ampliada, abrangendo agora toda a costa brasileira. Essa expansão não seria possível sem o suporte técnico e operacional dos Distritos Navais e do Grupamento de Navios Hidroceanográficos, que desempenham papel crucial no lançamento e manutenção desses equipamentos.

Impacto científico e estratégico do REMObs

A ampliação do REMObs representa um avanço significativo tanto para a ciência quanto para a segurança nacional. O monitoramento aprimorado contribuirá para a segurança da navegação e o planejamento de operações navais, oferecendo dados críticos para decisões estratégicas.

No setor privado, a indústria do petróleo se beneficiará diretamente da maior precisão na modelagem numérica de correntes marítimas e variáveis meteoceanográficas. A parceria com a Petrobras, iniciada em 2007, continua a impulsionar a inovação tecnológica no país, demonstrando o impacto das colaborações público-privadas na pesquisa científica.

Outro destaque é o treinamento de militares e equipes especializadas em técnicas avançadas de oceanografia. A operação dos veículos autônomos, o processamento de dados e a calibração de sensores são habilidades que colocam o Brasil na vanguarda da ciência e tecnologia no mar.

Parcerias e o fortalecimento da ciência no Brasil

O sucesso da ampliação do REMObs é fruto do trabalho conjunto entre o Centro de Hidrografia da Marinha (CHM), a Petrobras e a Fundep. Os novos convênios, assinados em dezembro de 2024, têm duração de cinco anos e dividem-se em Pesquisa e Desenvolvimento e Infraestrutura. Essa estrutura permitirá o fortalecimento da Rede de Modelagem e Observação Oceanográfica, consolidando o Brasil como referência na área.

Além disso, a expansão da rede de monitoramento deve contar com o suporte de embarcações da Marinha para garantir a eficácia do projeto. Essa colaboração reafirma a importância da ciência e tecnologia como pilares para o desenvolvimento nacional e a soberania marítima.

Com investimentos consistentes e parcerias estratégicas, o REMObs inaugura uma nova era na oceanografia brasileira, reafirmando o compromisso do país com a preservação e o uso sustentável dos recursos marinhos.

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Marcelo Barros, com informações e imagens da Marinha do Brasil
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Assessoria de Comunicação (UNIALPHAVILLE), MBA em Jornalismo Digital (UNIALPHAVILLE), Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).

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