Marinha e ICN firmam acordo para manutenção naval

Foto: ICN
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No coração da indústria naval brasileira, um novo capítulo foi escrito para a manutenção da frota submarina do país. Em uma cerimônia realizada no Rio de Janeiro, a Marinha do Brasil e a Itaguaí Construções Navais (ICN) firmaram um contrato estratégico para garantir a operacionalidade dos submarinos Riachuelo e Humaitá. A assinatura do acordo não apenas reafirma a confiança na ICN, mas também consolida sua posição como parceira fundamental da Base Industrial de Defesa.

Importância estratégica da manutenção submarina

Foto: ICN

A prontidão operacional de uma frota submarina é essencial para garantir a defesa marítima do Brasil, um país com uma extensa costa e uma crescente necessidade de proteção de seus interesses no Atlântico Sul. Os submarinos Riachuelo e Humaitá são os mais modernos da Marinha do Brasil e representam um avanço significativo em tecnologia e capacidade de dissuasão.

Para manter essa vantagem estratégica, a manutenção preventiva e corretiva desempenha um papel crucial. O novo contrato assinado entre a ICN e a Marinha reforça esse compromisso, garantindo que as embarcações estejam sempre em condições ideais de operação. Além disso, a ICN se fortalece como um elo fundamental na Base Industrial de Defesa, consolidando sua expertise em manutenção naval e engenharia submarina.

Detalhes técnicos do contrato e operações envolvidas

O contrato assinado abrange diferentes etapas de manutenção para os submarinos Riachuelo e Humaitá, com intervenções planejadas para o ano de 2025. No caso do Humaitá, a ICN será responsável pelos períodos de manutenção conhecidos como IMA (Intermediate Maintenance Availability) 3, 4 e 5. Já o Riachuelo passará por sua SRA1 (Selected Restrictive Availability), que envolve verificações detalhadas e eventuais correções estruturais e operacionais.

As atividades de manutenção preventiva incluem inspeções, calibração de sistemas e substituição de componentes críticos para garantir a segurança e o desempenho dos submarinos. Já a manutenção corretiva será realizada sob demanda, atendendo às necessidades específicas identificadas durante as operações. Esse modelo garante maior eficiência e prolonga a vida útil dos navios, evitando falhas inesperadas e assegurando a prontidão da frota submarina.

Parceria entre a ICN e a Marinha: histórico e perspectivas

A relação entre a ICN e a Marinha do Brasil vem se fortalecendo ao longo dos anos. A empresa desempenhou um papel central na construção dos submarinos da Classe Riachuelo, dentro do Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB). Agora, com a ampliação de sua atuação para a manutenção dessas embarcações, a ICN reafirma sua posição como um parceiro estratégico da defesa nacional.

A indústria naval brasileira enfrenta desafios, como a necessidade de investimentos contínuos em tecnologia e mão de obra qualificada. No entanto, contratos como este demonstram a crescente capacidade do setor em atender às demandas da Marinha e ampliar sua presença no cenário internacional.

O futuro da parceria entre a ICN e a Marinha é promissor, com possibilidades de novas colaborações no desenvolvimento de tecnologias navais avançadas. A manutenção contínua dos submarinos da Classe Riachuelo não apenas reforça a segurança do Brasil, mas também impulsiona a Base Industrial de Defesa, gerando empregos e inovação no setor.

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Marcelo Barros
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Universidade Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).

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