Marinha e Exército unem forças com lanchas blindadas para patrulhamento

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Em uma ação conjunta que reforça a segurança nas fronteiras fluviais do Brasil, a Marinha e o Exército Brasileiro estão ampliando sua frota com novas lanchas blindadas de operações ribeirinhas. Projetadas e construídas pelo Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro (AMRJ), essas embarcações já atuam no patrulhamento de regiões estratégicas, como Guaíra e Foz do Iguaçu, no Paraná, e Manaus, na Amazônia.

Inovação tecnológica e características das lanchas blindadas

As novas lanchas blindadas de operações ribeirinhas representam um marco na modernização das forças militares brasileiras. Construídas pelo Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro (AMRJ), elas contam com uma estrutura de alumínio de alta resistência, projetada para suportar os desafios de um ambiente hostil. Além da proteção balística, as embarcações são equipadas com armamentos de ponta, como as metralhadoras .50 e MAG 7,62mm, que têm a capacidade de disparar até mil tiros por minuto.

Outro destaque é o uso de tecnologia semiautomatizada na construção. O projeto em 3D permite que ajustes sejam realizados ainda na fase de planejamento, otimizando custos e evitando problemas durante a produção. O emprego da máquina de corte CNC (Controle Numérico Computadorizado) possibilita a fabricação de peças com extrema precisão, enquanto a montagem da chapa de proteção balística foi aprimorada para garantir agilidade e qualidade. Com capacidade para transportar até 17 pessoas, as lanchas atingem uma velocidade de 35 nós (cerca de 65 km/h) e têm autonomia de até 13 horas na velocidade de cruzeiro, ampliando seu alcance e eficiência em missões.

Impactos estratégicos na segurança das fronteiras fluviais

A entrega das lanchas blindadas ao Exército Brasileiro marca um avanço estratégico para a segurança nacional. Essas embarcações já estão operando em locais como Foz do Iguaçu, no Paraná, e Manaus, no Amazonas, regiões onde os rios são rotas frequentemente utilizadas para o tráfico de drogas, contrabando e outros crimes transfronteiriços. A parceria entre Marinha e Exército fortalece o monitoramento de áreas de difícil acesso, onde a presença de forças terrestres seria limitada.

Um exemplo recente é o patrulhamento fluvial intensificado no Rio Paraná e em seus afluentes, locais de grande fluxo comercial e também de ações ilegais. A capacidade de reação rápida, aliada ao poder de fogo das novas lanchas, oferece um diferencial crucial no enfrentamento a essas ameaças. Com a presença militar ampliada, não apenas o combate ao crime é reforçado, mas também a percepção de segurança por parte das comunidades locais, que vivem sob o impacto direto da criminalidade.

Colaboração e avanço da Base Industrial de Defesa Brasileira

O desenvolvimento das lanchas blindadas reflete a capacidade crescente da Base Industrial de Defesa Brasileira (BID) em atender às demandas das Forças Armadas. O Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro, responsável pelo projeto, se consolidou como um centro de excelência na construção de embarcações militares. Desde o protótipo “Cuiabá”, entregue em 2021, até os modelos mais recentes, a evolução tecnológica tem sido constante, com melhorias significativas em design, eficiência e funcionalidade.

Essa colaboração também simboliza um esforço conjunto entre Marinha e Exército, que compartilharam expertise para expandir a frota de embarcações. O Termo de Execução Descentralizada (TED), assinado em 2023, prevê a construção de mais quatro unidades, fortalecendo ainda mais a presença das Forças Armadas nas fronteiras fluviais. Investimentos como este são fundamentais não apenas para garantir a soberania nacional, mas também para estimular o desenvolvimento econômico, com geração de empregos e transferência de tecnologia para o setor industrial.

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