Marinha e CNPq premiam físico do Sirius com maior honraria científica do país

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Com uma carreira marcada pela excelência científica e dedicação à pesquisa, o professor Antonio Roque foi homenageado por seu papel estratégico no avanço da ciência brasileira. À frente do centro que abriga o Sirius, o maior equipamento científico do país, ele recebeu o Prêmio Almirante Álvaro Alberto das mãos do Comandante da Marinha, em cerimônia que reforçou a ligação entre defesa, ciência e soberania.

Quem é Antonio Roque: trajetória acadêmica e liderança no projeto Sirius

Entrega de prêmio em evento acadêmico 2025.
Professor José Roque recebe, das mãos do Comandante da Marinha, o troféu “Farol do Conhecimento” – Imagem: SO Ronaldo / Marinha do Brasil

Professor titular do Instituto de Física da Universidade de São Paulo (USP), Antonio José Roque da Silva é referência internacional nas áreas de física da matéria condensada, física atômica e molecular. Com mais de 130 artigos publicados e 200 trabalhos científicos apresentados, ele ocupa atualmente a posição de Diretor-Geral do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM).

Desde 2009, Roque lidera o Projeto Sirius, um dos aceleradores de partículas mais modernos do mundo. A infraestrutura permite que feixes de luz síncrotron sejam utilizados para investigar, em altíssima resolução, a composição de materiais biológicos, químicos e físicos — com aplicações que vão da biotecnologia à nanotecnologia, da medicina à energia.

Com seu trabalho, Roque não apenas colocou o Brasil entre os países que dominam tecnologias de fronteira, mas também formou quadros técnicos, articulou redes científicas internacionais e promoveu a pesquisa aplicada com potencial de transformação econômica e social.

Integração entre Defesa, ciência e soberania tecnológica

A cerimônia de entrega do Prêmio Almirante Álvaro Alberto, realizada no auditório da Escola Naval, no Rio de Janeiro, reuniu autoridades civis e militares, consolidando a visão de que não há soberania nacional sem ciência e tecnologia.

A premiação é fruto de uma parceria entre o CNPq, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e a Marinha do Brasil, que têm fortalecido a cooperação institucional em áreas estratégicas como nuclear, naval, aeroespacial e cibernética.

O Comandante da Marinha, Almirante de Esquadra Marcos Sampaio Olsen, destacou que “nenhuma nação assegura sua liberdade sem domínio tecnológico”, e que a ciência é a “espinha dorsal da soberania”. A presidente da Academia Brasileira de Ciências, Helena Nader, reforçou que “o conhecimento é o verdadeiro escudo de um país”, ao exaltar a relevância do prêmio.

A importância do Prêmio Álvaro Alberto e o simbolismo da cerimônia na Escola Naval

Instituído em 1981, o Prêmio Almirante Álvaro Alberto é a mais antiga e prestigiosa condecoração científica do país. O nome homenageia o patrono da ciência nacional, o Almirante Álvaro Alberto da Mota e Silva, responsável pela criação do CNPq e pela articulação do programa nuclear brasileiro.

A edição de 2025 trouxe um simbolismo especial ao ocorrer na Reunião Magna da Academia Brasileira de Ciências, integrando a cerimônia de acolhimento de novos membros à ABC. O vencedor recebeu o troféu Farol do Conhecimento, além de medalha, diploma e R$ 200 mil.

O professor Antonio Roque destacou, em seu discurso, a importância da ciência pública e do apoio institucional para que projetos como o Sirius se concretizem: “A honra é enorme, mas o compromisso é maior. Defender a ciência brasileira é também defender a soberania, o desenvolvimento e o futuro do Brasil”.

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Marcelo Barros, com informações e imagens da Agência Marinha
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Assessoria de Comunicação (UNIALPHAVILLE), MBA em Jornalismo Digital (UNIALPHAVILLE), Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).

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