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Com uma carreira marcada pela excelência científica e dedicação à pesquisa, o professor Antonio Roque foi homenageado por seu papel estratégico no avanço da ciência brasileira. À frente do centro que abriga o Sirius, o maior equipamento científico do país, ele recebeu o Prêmio Almirante Álvaro Alberto das mãos do Comandante da Marinha, em cerimônia que reforçou a ligação entre defesa, ciência e soberania.
Quem é Antonio Roque: trajetória acadêmica e liderança no projeto Sirius

Professor titular do Instituto de Física da Universidade de São Paulo (USP), Antonio José Roque da Silva é referência internacional nas áreas de física da matéria condensada, física atômica e molecular. Com mais de 130 artigos publicados e 200 trabalhos científicos apresentados, ele ocupa atualmente a posição de Diretor-Geral do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM).
Desde 2009, Roque lidera o Projeto Sirius, um dos aceleradores de partículas mais modernos do mundo. A infraestrutura permite que feixes de luz síncrotron sejam utilizados para investigar, em altíssima resolução, a composição de materiais biológicos, químicos e físicos — com aplicações que vão da biotecnologia à nanotecnologia, da medicina à energia.
Com seu trabalho, Roque não apenas colocou o Brasil entre os países que dominam tecnologias de fronteira, mas também formou quadros técnicos, articulou redes científicas internacionais e promoveu a pesquisa aplicada com potencial de transformação econômica e social.
Integração entre Defesa, ciência e soberania tecnológica
A cerimônia de entrega do Prêmio Almirante Álvaro Alberto, realizada no auditório da Escola Naval, no Rio de Janeiro, reuniu autoridades civis e militares, consolidando a visão de que não há soberania nacional sem ciência e tecnologia.
A premiação é fruto de uma parceria entre o CNPq, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e a Marinha do Brasil, que têm fortalecido a cooperação institucional em áreas estratégicas como nuclear, naval, aeroespacial e cibernética.
O Comandante da Marinha, Almirante de Esquadra Marcos Sampaio Olsen, destacou que “nenhuma nação assegura sua liberdade sem domínio tecnológico”, e que a ciência é a “espinha dorsal da soberania”. A presidente da Academia Brasileira de Ciências, Helena Nader, reforçou que “o conhecimento é o verdadeiro escudo de um país”, ao exaltar a relevância do prêmio.
A importância do Prêmio Álvaro Alberto e o simbolismo da cerimônia na Escola Naval
Instituído em 1981, o Prêmio Almirante Álvaro Alberto é a mais antiga e prestigiosa condecoração científica do país. O nome homenageia o patrono da ciência nacional, o Almirante Álvaro Alberto da Mota e Silva, responsável pela criação do CNPq e pela articulação do programa nuclear brasileiro.
A edição de 2025 trouxe um simbolismo especial ao ocorrer na Reunião Magna da Academia Brasileira de Ciências, integrando a cerimônia de acolhimento de novos membros à ABC. O vencedor recebeu o troféu Farol do Conhecimento, além de medalha, diploma e R$ 200 mil.
O professor Antonio Roque destacou, em seu discurso, a importância da ciência pública e do apoio institucional para que projetos como o Sirius se concretizem: “A honra é enorme, mas o compromisso é maior. Defender a ciência brasileira é também defender a soberania, o desenvolvimento e o futuro do Brasil”.
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