Marinha é acionada para resgates após cheias afetarem 127 cidades no RS

Casa alagada próxima a rio, barco de resgate passando.
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A força das águas voltou a causar estragos no Rio Grande do Sul, afetando 127 municípios e deixando quase 6 mil pessoas desalojadas. Com a situação se agravando, a Marinha do Brasil foi acionada para atuar em operações de resgate e apoio humanitário nas áreas alagadas. Somente no último fim de semana, dezenas de moradores foram retirados de regiões de risco, numa ação conjunta com a Defesa Civil, Corpo de Bombeiros e Brigada Militar.

Ações Operacionais da Marinha nas Regiões Alagadas

Desde o início das inundações, a Capitania Fluvial de Porto Alegre (CFPA) intensificou suas operações de apoio à população. Com embarcações de pequeno e médio porte, além de equipamentos de resgate aquático, os militares têm realizado buscas ativas em áreas como o Braço Norte da Ilha dos Marinheiros, indo de casa em casa para garantir que nenhum morador fique isolado.

Casas inundadas por enchente em área urbana

O trabalho logístico inclui não só o resgate de pessoas, mas também o transporte de alimentos, água potável e suprimentos emergenciais para as áreas mais críticas. As ações da Marinha são coordenadas junto à Defesa Civil, Corpo de Bombeiros Militar e Brigada Militar, com atualizações constantes baseadas no monitoramento hidrológico e nas previsões meteorológicas. Em reuniões com líderes comunitários, os militares também oferecem orientações sobre rotas de evacuação e procedimentos de segurança.

Impacto das Cheias nas Comunidades e Abrigos Temporários

Até o momento, mais de 5.900 pessoas foram desalojadas, sendo acolhidas em casas de parentes ou em abrigos provisórios, como o instalado na Arena KTO, em Porto Alegre. No local, famílias recebem atendimento médico, assistência social, alojamento e alimentação. Crianças, idosos e até animais de estimação têm recebido cuidados especiais.

O medo de novos alagamentos permanece entre os moradores, principalmente nas áreas ribeirinhas. A atuação da Marinha tem sido fundamental para transmitir segurança à população, que reconhece o esforço conjunto das Forças Armadas, da Defesa Civil e de voluntários em mitigar os impactos da tragédia.

Além de resgatar pessoas, os militares também têm colaborado no resgate de animais domésticos, que em muitos casos estavam ilhados. Segundo o último boletim estadual, 139 animais foram retirados de áreas alagadas.

Histórico das Cheias e a Resposta Integrada das Forças

A atual enchente já é classificada como a terceira maior da história do Rio Grande do Sul, de acordo com a MetSul Meteorologia, ficando atrás apenas das cheias de 1941 e de maio de 2024. Os principais rios em situação crítica incluem o Guaíba, Jacuí, Taquari e Uruguai, com níveis ainda em monitoramento constante.

Reunião de monitoramento e alerta em sala de controle.

A rápida mobilização da Marinha do Brasil, em conjunto com órgãos estaduais e municipais, reforça a importância de uma resposta interagências a eventos climáticos extremos. A integração entre as forças tem garantido agilidade no resgate, acolhimento digno aos afetados e redução de riscos à vida humana.

As autoridades seguem em alerta, com a expectativa de redução gradual dos níveis do Guaíba nos próximos dias. Enquanto isso, as operações de resgate, monitoramento e apoio logístico continuam, mostrando o compromisso das forças militares com a proteção da população brasileira em momentos de crise.

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