Marinha do Brasil intensifica testes com MANSUP na costa do Rio de Janeiro

Foto: Marinha do Brasil
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A costa do Rio de Janeiro foi palco de uma operação naval crucial para o desenvolvimento da defesa nacional. Entre 11 e 15 de setembro, a Marinha do Brasil intensificou os testes com o Míssil Antinavio Nacional de Superfície (MANSUP) durante a Operação “Lançamento de Armas IV/2024”. Essa ação teve como objetivo avaliar a eficácia do protótipo e aprimorar o adestramento dos meios navais e aeronavais da Esquadra.

Detalhes da Operação e Testes com o MANSUP

O Míssil Antinavio Nacional de Superfície (MANSUP) é uma peça-chave no desenvolvimento da capacidade de combate da Marinha do Brasil, atualmente em fase avançada de testes. Durante a Operação “Lançamento de Armas IV/2024”, conduzida ao sul de Cabo Frio, a eficácia do MANSUP foi rigorosamente avaliada. Esta fase de testes é fundamental para assegurar que o míssil atenda aos requisitos operacionais de precisão e letalidade necessários para seu futuro emprego na defesa da costa brasileira.

A operação teve início com o reboque de um alvo desde a Base Naval do Rio de Janeiro até a área de testes. Em seguida, as Fragatas “Rademaker” e “Independência” partiram da base, com a “Independência” atuando como navio Capitânia das operações. O lançamento do MANSUP foi conduzido pela Fragata “Rademaker”, que disparou o míssil contra o alvo designado, permitindo uma avaliação detalhada de sua performance. Este exercício marcou um passo significativo no desenvolvimento do míssil, contribuindo para o aprimoramento da força naval brasileira.

Participação e Adestramento dos Meios Navais e Aeronavais

Foto: Marinha do Brasil

Além do lançamento do MANSUP, a Operação “Lançamento de Armas IV/2024” envolveu uma ampla gama de atividades destinadas a aprimorar o adestramento dos meios navais e aeronavais da Esquadra. A Fragata “Independência” lançou mísseis Superfície-Ar ASPIDE, enquanto aeronaves SH-16 “Seahawk” dispararam mísseis Ar-Superfície PENGUIN. Os caças AF-1 “Skyhawk” realizaram lançamentos de bombas BGB-82 e tiros com metralhadoras de 20mm. Além disso, o helicóptero AH-11B “Super Lynx” lançou bombas MK-9 e realizou disparos com metralhadora .50, complementando o adestramento com o uso de diferentes tipos de armamento.

A operação contou ainda com a participação do Navio Doca Multipropósito “Bahia”, da Corveta “Caboclo”, do submarino “Tikuna”, e do Aviso de Apoio Costeiro “Almirante Hess”. Um destacamento de Mergulhadores de Combate também foi empregado, desempenhando funções essenciais para o sucesso do exercício. Esse treinamento conjunto reforçou a prontidão operacional da Esquadra, permitindo que os meios navais e aeronavais aprimorassem suas habilidades em um ambiente realista e desafiador.

Significado Estratégico da Operação para a Defesa Nacional

A Operação “Lançamento de Armas IV/2024” representa um passo importante para a Estratégia Nacional de Defesa, demonstrando o compromisso da Marinha do Brasil em desenvolver e empregar tecnologias avançadas de armamento. O desenvolvimento do MANSUP, em particular, é um marco significativo, pois reflete a capacidade do Brasil de produzir seus próprios mísseis antinavio, aumentando a autonomia e a eficácia da defesa nacional.

O Contra-Almirante Jorge José de Moraes Rulff, Comandante do Grupo-Tarefa da Operação e da 2ª Divisão da Esquadra, destacou a relevância do exercício para a Marinha. Segundo ele, o lançamento do MANSUP é um avanço crucial em um projeto estratégico para a Força Naval. “Esta operação permite incrementar o grau de adestramento dos Meios Navais e Aeronavais da nossa Esquadra. O lançamento do MANSUP é um passo significativo no desenvolvimento de um projeto muito importante para a MB”, afirmou.

Além de fortalecer a capacidade de resposta da Marinha, a operação contribui para a promoção da Estratégia de Defesa Marítima e do Plano Estratégico da Marinha, orientando as tarefas básicas do Poder Naval. A capacidade de conduzir testes e adestramentos de alta complexidade reforça o papel do Brasil como uma força naval moderna e capaz de proteger seus interesses no mar, promovendo a segurança e a estabilidade na região.

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Marcelo Barros, com informações e imagens da Agência Marinha
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Assessoria de Comunicação (UNIALPHAVILLE), MBA em Jornalismo Digital (UNIALPHAVILLE), Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).

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