No dia 30 de março, a Marinha do Brasil (MB) demonstrou, mais uma vez, sua eficiência e prontidão em operações de busca e salvamento (SAR) ao resgatar um tripulante filipino, de 35 anos, que sofreu um deslocamento de ombro devido a uma queda no Navio Petroleiro “Eagle Valence”, de bandeira francesa. O incidente ocorreu próximo à Ilha Comprida, São Paulo, e rapidamente mobilizou o Centro de Coordenação de Salvamento da região — SALVAMAR Sul Sueste — que acionou a Capitania dos Portos de São Paulo (CPSP) para a missão de resgate.

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Operação de Resgate Coordenada

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Tripulante filipino chegando à sede da Capitania dos Portos de São Paulo – Imagem: Marinha do Brasil

Imediatamente após o recebimento do pedido de socorro, a CPSP despachou a Lancha de Apoio a Ensino e Patrulha “Meaípe” para o local do incidente. A operação foi conduzida com precisão, garantindo que o tripulante ferido fosse rapidamente transportado para a sede da Capitania, de onde uma ambulância de atendimento móvel de urgência o levou ao Hospital da Beneficência Portuguesa de Santos. Este ato de resposta rápida evidencia a preparação e a dedicação dos militares da MB no cumprimento de sua missão de salvaguardar vidas no mar.

SALVAMAR Sul Sueste: Um Histórico de Sucesso

Desde janeiro deste ano, o SALVAMAR Sul Sueste já respondeu a 11 incidentes de busca e salvamento, consolidando sua reputação como uma unidade essencial na proteção de vidas nas águas brasileiras. O serviço é parte integrante do SALVAMAR-Brasil, que abrange uma vasta área de responsabilidade, incluindo toda a costa brasileira e a “Amazônia Azul”.

A Estrutura de Busca e Salvamento da Marinha do Brasil

O Brasil, reconhecendo a importância estratégica e humanitária das operações de busca e salvamento, mantém uma complexa estrutura de recursos navais e aéreos, além de pessoal especializado, prontos para agir em tais situações. A MB divide sua área de responsabilidade em nove sub-regiões, cada uma sob a supervisão de um Centro de Coordenação de Salvamento regional, otimizando assim a cobertura e a eficácia das operações SAR no vasto território marítimo nacional.

Comunicação e Tecnologia no Suporte à Busca e Salvamento

O acesso ao serviço de busca e salvamento é facilitado pelo número de emergência 185, que opera 24 horas por dia, sete dias por semana, abrangendo todo o território nacional. Além do telefone, a Marinha recebe comunicações via fax, e-mail ou através do Sistema Global de Socorro e Segurança Marítimo (GMDSS), garantindo que qualquer embarcação ou indivíduo em situação de emergência possa rapidamente alertar as autoridades.

Este recente resgate não apenas sublinha o comprometimento e a eficiência da Marinha do Brasil em proteger a vida no mar, mas também reforça a importância de uma estrutura de busca e salvamento bem coordenada e equipada, capaz de responder prontamente a emergências em uma das regiões marítimas mais extensas e desafiadoras do mundo.

Marcelo Barros, com informações da Agência Marinha
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Assessoria de Comunicação (UNIALPHAVILLE), MBA em Jornalismo Digital (UNIALPHAVILLE), Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).