A descoberta do Titanic trouxe à tona informações surpreendentes sobre uma das histórias de naufrágio mais famosas do mundo. Naufrágios como este representam uma “cápsula do tempo”, conservando vestígios e objetos históricos no fundo do mar. A Marinha do Brasil (MB) é responsável pela fiscalização, proteção e controle das atividades relacionadas ao Patrimônio Cultural Subaquático Brasileiro.

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Canhão recuperado pela Marinha, no fim da década de 1970, do Galeão Santíssimo Sacramento, embarcação portuguesa naufragada em 1668, na costa baiana; a peça compõe a cenografia da exposição “O Poder Naval na formação do Brasil”, no Museu Naval, no Rio de Janeiro (RJ) – Foto: Arquivo DPHDM

Nas águas de jurisdição brasileira, milhares de embarcações naufragadas possuem interesse histórico e arqueológico. O Capitão de Corveta, historiador e arqueólogo Daniel Martins Gusmão, da Divisão de Arqueologia Subaquática da Diretoria do Patrimônio Histórico da Marinha (DPHDM), explica que os sítios arqueológicos de naufrágios têm grande potencial para produção de conhecimento, ajudando a resgatar nosso passado e compondo o Patrimônio Cultural Subaquático.

A preservação in situ desse patrimônio é considerada a primeira opção, mas a recuperação dos objetos pode ser autorizada para contribuir significativamente à proteção ou ao conhecimento científico. A legislação brasileira estabelece regras para pesquisa, exploração, remoção e demolição de coisas ou bens submersos, e a Autoridade Marítima é responsável pela coordenação, controle e fiscalização dessas atividades. O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) também atua em conjunto com a Força Naval.

O historiador Adler Homero Fonseca de Castro, do Iphan, destaca a importância dos sítios arqueológicos subaquáticos para entender nossa cultura e suas origens. A colaboração entre instituições é feita por meio de diversos caminhos, como a autorização e acompanhamento de projetos de pesquisa cultural pela Marinha e a definição do destino do material recolhido em pesquisas e levantamentos subaquáticos pelo Iphan.

A Marinha adota ações como a intensificação das patrulhas e inspeções navais e a elaboração do “Atlas dos Naufrágios de Interesse Histórico da Costa do Brasil”. Em 2023, a Marinha lançará os dados do Projeto “Atlas” na Infraestrutura Nacional de Dados Espaciais (INDE), gerenciada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), contribuindo para a implantação e ativação do Planejamento Espacial Marinho até 2030.

simposio

Nos dias 15 e 16 de março de 2023, o Museu Naval no Rio de Janeiro (RJ) sediará o I Simpósio “Patrimônio Cultural Subaquático: preservação, educação e práticas políticas”. O evento gratuito reunirá especialistas do Brasil, Portugal e Uruguai para apresentar um panorama da arqueologia subaquática e discutir desafios jurídicos para proteger esse patrimônio.

– 15 de março;

– 16 de março.

Marcelo Barros, com informações da Marinha do Brasil
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Assessoria de Comunicação (UNIALPHAVILLE), MBA em Jornalismo Digital (UNIALPHAVILLE), Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).