Marinha do Brasil celebra 45 anos de presença feminina nas fileiras

Militares brasileiras em formatura, uniformes brancos, Bandeira do Brasil.
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Uma trajetória de pioneirismo, dedicação e conquista marca os 45 anos da presença feminina na Marinha do Brasil. Desde 7 de julho de 1980, quando as primeiras mulheres ingressaram oficialmente no Corpo Auxiliar Feminino da Reserva da Marinha (CAFRM), a Força Naval não parou de evoluir — incorporando talento, liderança e inovação através da atuação cada vez mais expressiva das chamadas “mulheres do mar”.

Avanços operacionais e científicos impulsionados por mulheres

Mulher militar saudando em uniforme branco ao ar livre.
Contra-Almirante (Engenheira Naval) Luciana Mascarenhas da Costa Marroni

Ao longo de quatro décadas e meia, as mulheres da Marinha do Brasil vêm ampliando sua atuação para áreas técnicas e operacionais de elevada complexidade. No setor de Ciência, Tecnologia e Inovação, sua presença cresce em programas estratégicos como o Programa Nuclear da Marinha (PNM) e o Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB), áreas cruciais para a autonomia tecnológica e a soberania nacional.

O protagonismo também se estende ao campo da aviação naval. Em 2025, ocorreu a admissão das primeiras oficiais no Curso de Aperfeiçoamento em Aviação para Oficiais (CAAvO). Na esfera internacional, a qualificação feminina é referência: o Centro de Operações de Paz e Humanitárias de Caráter Naval (COpPazNav) já capacitou mais de 485 mulheres para missões de paz sob a égide da ONU, demonstrando o papel ativo do Brasil na segurança global com protagonismo feminino.

Quebra de paradigmas e impacto na cultura institucional

Militar fardada saúda em frente a veículo militar.
Helena Monteiro, primeira Fuzileiro Naval formada pela Escola Naval

A presença feminina nas fileiras da Marinha representou mais que uma mudança administrativa: foi uma transformação cultural. As primeiras oficiais enfrentaram um ambiente historicamente masculino com resiliência e competência, abrindo caminho para que outras pudessem servir em funções operacionais e de comando.

Atualmente, quatro médicas ocupam o posto de Contra-Almirante, e 25 outras oficiais assumem posições de comando e direção. Essa consolidação reflete uma nova mentalidade institucional, que valoriza o mérito, a diversidade e a inclusão como pilares da excelência operacional.

O ingresso de marinheiras e soldados fuzileiros navais em tarefas de alto preparo físico e responsabilidade operacional demonstra como a igualdade de gênero deixou de ser discurso e passou a integrar a prática e os valores da Força.

Linha do tempo e marcos históricos da presença feminina na Marinha

A Contra-Almirante Médica Dalva Maria Carvalho Mendes foi a primeira mulher a ser promovida a um posto de oficial-general em 2012.

A trajetória das mulheres na Marinha começou em 1980, com a criação do CAFRM. Em 2012, a primeira mulher, a Contra-Almirante Médica Dalva Maria Carvalho Mendes, foi promovida ao posto de Oficial-General. Dois anos depois, mulheres passaram a ingressar na Escola Naval, inicialmente no Corpo de Intendentes, e em 2017, no Corpo da Armada e no Corpo de Fuzileiros Navais.

Em 2023, o Colégio Naval e as Escolas de Aprendizes-Marinheiros abriram vagas para candidatas. Já em 2024, a Marinha formou a primeira turma de soldados fuzileiros navais do sexo feminino.

Em 2025, novos marcos foram atingidos: a nomeação das primeiras oficiais dos Quadros Complementares da Armada e dos Fuzileiros, e a inédita conclusão do Estágio de Qualificação Técnica Especial em Operações no Cerrado por uma praça feminina, consolidando o protagonismo operacional das mulheres na Força.

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