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A trajetória das mulheres na ciência e tecnologia ganhou destaque no Fórum promovido pela Marinha do Brasil em São Paulo. O evento reuniu mais de 200 participantes para discutir os desafios da equidade de gênero na inovação e no meio acadêmico. Entre relatos inspiradores e demonstrações tecnológicas, a iniciativa ressaltou a importância da diversidade e do apoio mútuo para impulsionar o progresso científico.
O papel da Marinha na inclusão feminina na Ciência e Tecnologia

A presença feminina na Marinha do Brasil tem crescido significativamente nas últimas décadas, refletindo um movimento global de ampliação do espaço das mulheres nas forças armadas e em áreas de conhecimento técnico e científico. Se antes a participação das militares era limitada a certas funções administrativas, hoje elas estão presentes em setores estratégicos, incluindo pesquisa nuclear, engenharia e tecnologia naval.
A Diretoria-Geral de Desenvolvimento Nuclear e Tecnológico da Marinha (DGDNTM) tem sido um dos principais motores dessa transformação, promovendo eventos e iniciativas que incentivam o ingresso e a permanência de mulheres na área. No Fórum “Mulheres, Ciência e Tecnologia”, o impacto dessas ações ficou evidente com a apresentação de trajetórias inspiradoras de profissionais que superaram desafios e conquistaram posições de destaque na inovação científica e tecnológica.
A Marinha também tem investido em programas de capacitação e formação de novas cientistas, criando oportunidades para que mais mulheres ingressem no setor e contribuam com pesquisas de ponta. Essa movimentação reforça a importância da inclusão e da diversidade como pilares para o avanço da ciência no Brasil.
Desafios e conquistas das mulheres na Ciência e Tecnologia
Apesar dos avanços, as mulheres ainda enfrentam desafios significativos para consolidar suas carreiras em ciência e tecnologia. Um dos principais obstáculos é a sobrecarga de funções, já que muitas vezes precisam conciliar vida profissional, acadêmica e familiar, o que pode levar à desistência da carreira científica.

Durante o Fórum, a Dra. Thais Maria Ferreira de Souza Vieira, diretora da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP), reconhecida pela FORBES como uma das 16 mulheres de sucesso de 2024, abordou essa questão e destacou a necessidade de apoio mútuo entre homens e mulheres para garantir que talentos femininos tenham espaço para crescer. “Sem esse suporte, muitas profissionais acabam deixando suas carreiras. A diversidade é fundamental para que possamos evoluir e inovar”, afirmou.
Os relatos apresentados no evento reforçaram a importância de políticas institucionais que incentivem a equidade de gênero no meio acadêmico e científico. A Marinha tem desempenhado um papel relevante nesse sentido, promovendo programas que incentivam a permanência das mulheres no setor e valorizam suas contribuições para a inovação tecnológica e científica.
A relevância da diversidade na inovação científica e tecnológica
A inclusão de mulheres na ciência e tecnologia não é apenas uma questão de igualdade, mas também de eficiência e progresso. Estudos indicam que equipes diversas tendem a ser mais inovadoras e a encontrar soluções mais eficazes para problemas complexos. A pluralidade de perspectivas trazida pela presença feminina no setor contribui diretamente para o avanço das pesquisas e para a criação de novas tecnologias.

No Fórum, a Dra. Isolda Costa, diretora do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN), enfatizou esse ponto ao destacar como a diversidade amplia as possibilidades de inovação. “A Marinha tem feito um trabalho importante ao estimular a presença feminina na ciência. Esse tipo de evento inspira e motiva novas gerações a seguirem carreiras que antes pareciam inacessíveis”, comentou.
Ao final do evento, o Almirante de Esquadra Alexandre Rabello de Faria reforçou o compromisso da Marinha em promover a diversidade e incentivar a presença feminina na inovação. “Precisamos continuar avançando e mostrando que não há limites para o que podemos alcançar”, afirmou.
A iniciativa demonstra que a Marinha do Brasil está empenhada não apenas em fortalecer sua capacidade tecnológica, mas também em construir um ambiente mais inclusivo e representativo, onde mulheres possam contribuir cada vez mais para o desenvolvimento do país.
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