Marinha desmente fake news sobre ataque aéreo em Niterói

Helicópteros sobrevoando montanhas e vegetação tropical.
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As redes sociais voltaram a ser palco de desinformação: desta vez, um vídeo com sons de tiros sincronizados ao sobrevoo de aeronaves da Marinha viralizou sob a alegação de ataque de traficantes. A Marinha do Brasil reagiu prontamente, emitindo nota oficial e desmentindo qualquer ocorrência de disparos. Segundo a instituição, não houve risco às tripulações, danos às aeronaves ou percepção de hostilidade.

O vídeo circulou massivamente entre grupos de mensagens e plataformas digitais, com mensagens alarmistas sugerindo um cenário de confronto armado entre narcotraficantes e militares. A Marinha alertou que o conteúdo trata-se de fake news, gerada com finalidade de causar terror psicológico e induzir à população uma falsa sensação de impotência do Estado frente ao crime organizado.

Treinamento militar e segurança: o que realmente aconteceu

A aeronave mostrada no vídeo pertence ao Comando da Força Aeronaval e integrava uma atividade de treinamento previamente agendada, realizada na manhã do dia 4 de abril sobre a região de Niterói (RJ). A operação seguia um plano de voo autorizado e coordenado com os órgãos de controle de tráfego aéreo, sem qualquer incidente ou alteração durante a execução.

Segundo a nota oficial emitida pela Marinha, não houve percepção de tiros, danos às aeronaves ou risco às tripulações. O padrão de voo estava dentro das normas de segurança, conforme praticado rotineiramente em exercícios operacionais. A instituição reforça que vídeos com áudios editados não devem ser considerados como fontes confiáveis de informação.

Terror psicológico e os efeitos sociais da desinformação

O vídeo editado com sons de tiros teve como principal impacto a instauração do medo coletivo. Internautas foram induzidos a acreditar que uma operação militar estava sendo ameaçada por grupos criminosos com armamento de guerra, alimentando a ideia de que as Forças Armadas estariam vulneráveis ao poder do tráfico. Trata-se de uma narrativa infundada e perigosa, que compromete a percepção da segurança pública.

Além de gerar insegurança, esse tipo de conteúdo abala a relação de confiança entre a sociedade e suas instituições. O uso de imagens reais com áudios manipulados intensifica o caráter emocional da mensagem, produzindo uma falsa sensação de colapso da ordem. A disseminação de fake news desse porte pode ter consequências diretas sobre o comportamento da população e o debate público sobre segurança.

Combater a mentira é também missão institucional

A resposta rápida da Marinha do Brasil — por meio de uma nota técnica e direta — foi essencial para conter os efeitos da fake news. Em tempos de redes sociais velozes e desinformação em massa, transparência e comunicação oficial eficiente tornam-se ferramentas estratégicas na proteção da verdade e da imagem das instituições.

O episódio reforça a importância de educação midiática, checagem de fatos e responsabilidade na disseminação de conteúdos sensíveis. Ao desmentir o vídeo com base em informações técnicas e operacionais, a Marinha reforça seu papel não apenas como guardiã da soberania nacional, mas também como agente ativo na defesa da informação pública e da estabilidade social.

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Marcelo Barros
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Universidade Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).

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