Marinha coordena XXXI Conferência Naval Interamericana sobre desafios tecnológicos e prontidão operacional

Não fique refém dos algorítimos, nos siga no Instagram, Telegram ou no Whatsapp e fique atualizado com as últimas notícias.

A Marinha do Brasil coordena, entre os dias 23 e 27 de setembro, a XXXI Conferência Naval Interamericana (CNI), no Rio de Janeiro. O evento reúne representantes de 18 países, incluindo Argentina, Estados Unidos e Canadá, além de órgãos como a Junta Interamericana de Defesa e a Rede Naval Interamericana de Telecomunicações. O tema central deste ano aborda os desafios e estratégias navais diante das novas tecnologias e da ampliação das responsabilidades das Marinhas, com foco em planejamento estratégico, desenvolvimento de doutrinas e capacitação profissional.

A importância da XXXI Conferência Naval Interamericana

As Conferências Navais Interamericanas (CNI) são realizadas desde 1959 e têm o propósito de promover o intercâmbio de ideias, experiências e conhecimento entre as Marinhas das Américas. Esse fórum tem sido fundamental para o fortalecimento da cooperação e da solidariedade hemisférica, permitindo que as nações discutam os desafios marítimos e busquem soluções conjuntas para questões de segurança e defesa.

O Brasil, pela quinta vez como país-sede, reafirma sua posição de liderança na segurança marítima e naval no continente. A realização da XXXI CNI no Rio de Janeiro fortalece ainda mais a imagem da Marinha do Brasil como uma força atuante e moderna, comprometida com o desenvolvimento de estratégias que garantam a proteção das águas territoriais e internacionais.

Essas conferências oferecem uma plataforma essencial para que os países troquem ideias sobre novas ameaças, como crimes transnacionais e desastres naturais, e busquem formas de lidar com esses desafios de maneira integrada. A ampliação do diálogo profissional entre as nações permite o desenvolvimento conjunto de doutrinas e protocolos, promovendo o avanço tecnológico e o aumento da capacidade operacional de todas as Marinhas envolvidas.

Foco em novas tecnologias e prontidão operacional

A XXXI Conferência Naval Interamericana traz à tona o impacto transformador das novas tecnologias nas operações navais. A digitalização, a automação e a cibersegurança são hoje temas centrais para todas as forças navais do mundo. As Marinhas precisam lidar com novas ameaças, como ataques cibernéticos, além de investir em tecnologias como sistemas autônomos e inteligência artificial para aprimorar a vigilância e a defesa.

O tema escolhido para este ano reflete a crescente necessidade de capacitar as Marinhas para lidar com um ambiente de segurança cada vez mais complexo. O planejamento estratégico de médio e longo prazo é essencial para garantir que essas forças estejam sempre prontas para defender seus territórios e atuar em águas internacionais. A ampliação das responsabilidades das Marinhas, que vão desde a proteção das rotas comerciais até o combate à pesca ilegal e o socorro em desastres naturais, requer investimentos contínuos em doutrinas modernas e treinamento de ponta.

Entre os tópicos discutidos na conferência, está o desafio de integrar essas novas tecnologias de maneira eficiente e segura, garantindo que a modernização das forças navais ocorra sem comprometer a prontidão operacional. Os países participantes estão compartilhando suas experiências sobre como estão adaptando suas operações às novas realidades tecnológicas e ao cenário global em constante mudança.

A agenda e os destaques do evento

A programação da XXXI CNI inclui uma série de reuniões bilaterais entre as delegações dos países presentes, o que permite que as Marinhas discutam diretamente parcerias e acordos de cooperação em áreas de interesse comum. Essas reuniões são cruciais para a criação de sinergias e para o fortalecimento das alianças regionais e globais.

Outro destaque do evento são as exposições dos chefes das delegações, que oferecem uma visão aprofundada dos principais desafios enfrentados por suas respectivas Marinhas. Essas apresentações permitem um entendimento mútuo das diferentes realidades e necessidades regionais, além de possibilitar a troca de boas práticas que podem ser adaptadas por outras nações.

Durante a conferência, os participantes também farão uma visita ao Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB), uma das iniciativas mais estratégicas da Marinha do Brasil. O PROSUB é um projeto de grande importância para o fortalecimento da defesa do Brasil e está inserido em um esforço de modernização da força naval do país. O programa inclui o desenvolvimento de submarinos convencionais e um submarino de propulsão nuclear, que colocará o Brasil entre as nações que possuem essa capacidade tecnológica de ponta.

Essa visita ao PROSUB permitirá que os representantes estrangeiros conheçam de perto os avanços tecnológicos alcançados pelo Brasil na área naval e os esforços contínuos da Marinha para garantir a soberania nacional nas águas territoriais e a proteção da Amazônia Azul.

Participe no dia a dia do Defesa em Foco

Dê sugestões de matérias ou nos comunique de erros: WhatsApp 21 99459-4395

Google News

Marcelo Barros, com informações e imagens da Marinha do Brasil
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Assessoria de Comunicação (UNIALPHAVILLE), MBA em Jornalismo Digital (UNIALPHAVILLE), Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor insira seu comentário!
Digite seu nome aqui