Marinha atua em frentes diversas para prevenir efeitos de Seca no Norte

Seca no Rio Negro Terminal de barcos no Rio Negro. Manaus (AM), Brasil. Foto do Leandro Neumann Ciuffo
Não fique refém dos algorítimos, nos siga no Instagram, Telegram ou no Whatsapp e fique atualizado com as últimas notícias.

Em meio à previsão de uma nova seca severa para o segundo semestre, a Marinha do Brasil tem intensificado suas ações preventivas no Norte do país. A região, altamente dependente do transporte aquaviário, vê na atuação da Marinha um suporte essencial para evitar acidentes e garantir a segurança das populações ribeirinhas. Desde abril, levantamentos hidrográficos e fiscalização da dragagem são algumas das medidas em andamento.

Levantamentos Hidrográficos e Segurança da Navegação

Aviso Hidroceanográfico Fluvial “Rio Solimões” e lancha “Maraã”, do CHN-9, trabalham juntos na sondagem de trechos do Rio Madeira – Imagem: Segundo-Sargento-MR Tiago Marinho

Detalhamento dos levantamentos hidrográficos realizados

Desde abril, a Marinha do Brasil tem realizado levantamentos hidrográficos em áreas críticas, como a Passagem do Tabocal e a Foz do Rio Madeira. A tripulação do Aviso Hidroceanográfico Fluvial (AvHoFlu) “Rio Solimões” se dedica à sondagem em 33 trechos críticos para mapear canais seguros. Esses levantamentos são essenciais para a atualização das plantas batimétricas, documentos que indicam a profundidade dos corpos d’água e são disponibilizados aos navegantes.

Importância das plantas batimétricas para os navegantes

As plantas batimétricas atualizadas são fundamentais para a navegação segura, permitindo que os navegantes possam planejar suas rotas e evitar áreas perigosas. Essas informações são particularmente importantes durante a seca, quando os níveis dos rios caem e surgem obstáculos que não são visíveis em outras épocas do ano.

Sondagem de trechos críticos pelos navios hidroceanográficos

A sondagem realizada pelos navios hidroceanográficos da Marinha, como o AvHoFlu “Rio Solimões”, tem o objetivo de identificar os pontos mais críticos dos rios, garantindo a segurança da navegação. A Marinha trabalha em conjunto com outros órgãos para assegurar que essas áreas sejam devidamente sinalizadas e que as embarcações possam transitar com segurança.

Fiscalização da Dragagem e Infraestrutura

Defesa Civil de Porto Velho

Plano de dragagem do DNIT e supervisão da Marinha

O plano de dragagem elaborado pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) para os rios Madeira, Amazonas e Solimões teve o aval prévio da Marinha. Esse plano, executado em regime de urgência, faz parte de um esforço maior para manter a navegabilidade dos rios durante a seca. A Marinha supervisiona essas atividades para garantir que sejam realizadas de forma segura.

Avaliação das áreas de dragagem e monitoramento contínuo

A Marinha avalia questões como a área de despejo do material dragado e a presença de cabos subaquáticos, assegurando que a dragagem não cause problemas para a população local. O Capitão dos Portos da Capitania Fluvial da Amazônia Ocidental, Capitão de Mar e Guerra André Carvalhaes, destaca a importância dessa supervisão contínua para a segurança da navegação.

Impactos das obras de dragagem na segurança e navegação

As obras de dragagem são cruciais para manter a profundidade necessária dos canais de navegação, especialmente durante a seca. A Marinha continua a monitorar essas obras, realizando inspeções regulares para garantir que estejam de acordo com o plano aprovado e que a segurança da navegação seja mantida.

Apoio Humanitário e Assistência às Comunidades Ribeirinhas

Navio de Assistência Hospitalar (NAsH) Doutor Montenegro. (Foto: Marinha do Brasil)

Ações de apoio humanitário realizadas pela Marinha

Além das ações de prevenção e fiscalização, a Marinha do Brasil mantém uma postura ativa em ações humanitárias, especialmente em períodos de seca severa. O Navio de Assistência Hospitalar (NAsH) “Soares de Meirelles” é um dos principais meios utilizados para essas ações, distribuindo cestas básicas e água potável às comunidades ribeirinhas.

Distribuição de cestas básicas e água potável

Durante a seca do ano passado, o NAsH “Soares de Meirelles” percorreu mais de 3.150 quilômetros do Alto Solimões, distribuindo suprimentos essenciais e proporcionando atendimentos médico e odontológico em regiões de difícil acesso. A Marinha continua preparada para realizar essas operações sempre que necessário.

Atendimentos médicos e odontológicos nas comunidades afetadas

Os “Navios da Esperança”, como são conhecidos os navios de assistência hospitalar, oferecem atendimento médico e odontológico às populações mais afetadas pela seca. Essas ações humanitárias são vitais para garantir que as comunidades ribeirinhas recebam os cuidados necessários durante períodos de crise.

Participe no dia a dia do Defesa em Foco

Dê sugestões de matérias ou nos comunique de erros: WhatsApp 21 99459-4395

Google News

Marcelo Barros, com informações e imagens da Agência Marinha
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Assessoria de Comunicação (UNIALPHAVILLE), MBA em Jornalismo Digital (UNIALPHAVILLE), Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor insira seu comentário!
Digite seu nome aqui