Você já parou para pensar em como sabemos tanto sobre o movimento das águas do mar? A resposta está em um equipamento chamado marégrafo. Ele é responsável por monitorar o nível do mar, fornecendo informações cruciais que impactam desde a segurança das comunidades litorâneas até atividades econômicas, como a pesca e o transporte marítimo. Em julho deste ano, a Marinha do Brasil inaugurou uma nova Estação Maregráfica em Natal (RN), juntando-se a outras estações em cidades como Recife, São Luís e Salvador.
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A Tecnologia por Trás do Marégrafo
Existem diferentes tipos de marégrafos, cada um com sua especificidade. Entre os principais, temos o sensor de pressão, que fica submerso e registra variações da pressão da água; o sensor radar, que, sem submergir, emite pulsos eletromagnéticos refletidos pela superfície da água; e o sensor de boia e contrapeso, onde uma boia na água é conectada a um peso por uma fita e uma polia. Esses instrumentos são fundamentais para a produção de cartas náuticas, que guiam a navegação marítima.
Impactos na Economia e Segurança
O Capitão-Tenente Felipe Rodrigues Santana, especialista em Hidrografia, destaca a importância dos dados coletados pelos marégrafos. Segundo ele, ao conhecer a profundidade exata das áreas marítimas, é possível calcular o tamanho do calado das embarcações, determinando assim a capacidade de carga dos navios. “Centímetros a mais no calado podem significar toneladas a mais de carga. Imagine o ganho econômico para os portos e para o país ao utilizar essas informações!”, ressalta o especialista. Além disso, o marégrafo é essencial para o gerenciamento costeiro, ajudando a prever riscos de inundações e a desenvolver estratégias para mitigar esses eventos.
Preservando o Patrimônio Litorâneo
Mais do que um instrumento técnico, o marégrafo é uma ferramenta que auxilia na proteção do patrimônio natural, histórico e cultural das regiões litorâneas. Ele permite mensurar os impactos da elevação do nível do mar, contribuindo para a compreensão e planejamento da zona costeira. Com ele, é possível antecipar riscos e garantir a segurança e bem-estar das comunidades que vivem à beira-mar.
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