Lancha DGS 999 impulsiona pesquisas científicas brasileiras na Antártica

Foto: FEMAR
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No dia 16 de dezembro de 2024, a Fundação de Estudos do Mar (FEMAR) recebeu a lancha polar DGS 999, uma embarcação de última geração projetada para operar em condições extremas no continente antártico. Com autonomia de 90 milhas náuticas e capacidade para transportar até sete tripulantes e 2.000 kg de carga, a nova lancha será um importante reforço logístico para o Programa Antártico Brasileiro (PROANTAR). Essa aquisição simboliza um avanço significativo para as operações científicas brasileiras na região polar.

Características técnicas da lancha polar DGS 999

Desenvolvida pela DGS Industrial LTDA, a lancha polar DGS 999 foi projetada para enfrentar os desafios únicos do ambiente antártico, combinando robustez, eficiência e segurança. Com dois motores de 250 HP, a embarcação alcança uma velocidade de cruzeiro de 18 nós, permitindo deslocamentos rápidos e seguros entre a Estação Antártica Comandante Ferraz (EACF) e os pontos de coleta de dados e pesquisas.

Além da potência e velocidade, a lancha possui autonomia de 90 milhas náuticas, o que garante operações prolongadas sem a necessidade de reabastecimento frequente. Sua capacidade de carga de 2.000 kg possibilita o transporte eficiente de equipamentos científicos sensíveis, amostras coletadas e suprimentos essenciais para as equipes de pesquisa.

Projetada para suportar temperaturas extremas e enfrentar mares agitados, a lancha também conta com sistemas modernos de navegação e comunicação, garantindo que as operações sejam realizadas com precisão e segurança. Essas características fazem da DGS 999 um meio indispensável para ampliar as capacidades operacionais do PROANTAR.

A importância da lancha DGS 999 para o PROANTAR

A chegada da lancha DGS 999 representa um marco significativo para o Programa Antártico Brasileiro (PROANTAR), reforçando a capacidade do país de realizar pesquisas científicas avançadas no continente gelado. A embarcação será fundamental para o transporte seguro de pesquisadores, equipamentos e amostras, assegurando que os dados coletados sejam entregues com precisão e agilidade.

A nova lancha terá papel central no suporte logístico às operações da Estação Antártica Comandante Ferraz (EACF), que é o principal ponto de referência para as atividades científicas brasileiras na região. Com maior autonomia e capacidade de carga, a DGS 999 permitirá que os cientistas alcancem áreas mais remotas e realizem coletas de dados com maior eficiência.

Pesquisas sobre mudanças climáticas, biodiversidade marinha e geologia polar ganharão impulso com a nova embarcação, que facilita a realização de expedições complexas em condições adversas. Esse suporte logístico aprimorado fortalece não apenas a presença científica brasileira na Antártica, mas também a capacidade do país de contribuir com estudos de relevância global.

Parcerias estratégicas para aquisição da lancha polar

Foto: FEMAR

A aquisição da lancha DGS 999 foi viabilizada por meio de uma colaboração estratégica entre instituições públicas e privadas, demonstrando a importância das parcerias para o avanço da ciência antártica brasileira. O projeto foi viabilizado por um convênio entre a Secretaria da Comissão Interministerial para os Recursos do Mar (SECIRM) e a Petrobras, com aprovação da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e interveniência administrativa e financeira da FEMAR.

Esse modelo de parceria ressalta a importância da cooperação entre diferentes setores para o desenvolvimento sustentável de projetos científicos de grande escala. O apoio da Petrobras, por meio de recursos provenientes de programas de pesquisa e desenvolvimento, e a aprovação da ANP garantiram o financiamento necessário para a construção e entrega da lancha polar.

Além do fortalecimento da infraestrutura logística do PROANTAR, essa parceria reafirma o compromisso do Brasil com a preservação ambiental e com o avanço das pesquisas científicas no continente antártico, consolidando a presença brasileira na região como referência internacional em estudos polares.

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Marcelo Barros
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Universidade Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).

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