Em 2018, a jovem Giovana Sanches Martins embarcou em uma jornada inesperada. A decisão de prestar concurso para Sargento músico do Corpo de Fuzileiros Navais (CFN) desencadeou uma série de eventos que a levariam a representar a Marinha do Brasil (MB) no maior festival de harpas do mundo. No último domingo (30), a Sargento Giovana, integrante da Banda Sinfônica do CFN, deslumbrou o público com sua habilidade excepcional no teatro do Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), no Rio de Janeiro, durante o Rio Harp Festival.

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Do Interesse à Realização

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Sargento Giovana Sanches começou a estudar harpa com 11 anos – Imagem: CB-FN-CT Alves

Giovana Sanches descobriu seu amor pela harpa ainda na infância, durante uma apresentação na escola. Seus pais reconheceram seu interesse pelo instrumento e a apoiaram apesar dos desafios envolvidos em estudar a harpa em um conservatório de música. “Foram anos de sacrifícios, uma vida de dedicação até passar no concurso e estar aqui hoje”, afirma a Sargento. O acesso à harpa ainda é difícil no Brasil, devido ao seu alto custo, mas Giovana persistiu e se tornou a única harpista da Marinha do Brasil. Atualmente, ela aprimora sua técnica musical na Universidade Federal do Rio de Janeiro, com o apoio da MB.

A Música e o Militarismo

Para a Primeiro-Tenente (Quadro Auxiliar de Fuzileiro Naval) Liana Arduino de Magalhães, regente da Banda Sinfônica do CFN, a música é um meio poderoso para expressar sentimentos. Ela afirma que “a música é definida em seus conceitos como a arte de manifestação dos sentimentos da alma mediante o som. Assim, nossas Bandas, ao executarem hinos e marchas, buscam contagiar as tropas nas cerimônias, desfiles e concertos. Mas, além dos conhecimentos técnicos, o músico militar precisa manifestar os valores essenciais dos Fuzileiros Navais: honra, competência, determinação e profissionalismo”.

Caminho para se Tornar um Músico da Marinha

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Teatro do CCBB ficou lotado para o concerto – Imagem: CB-FN-CT Alves

Para aqueles que sonham em seguir os passos de Giovana, o primeiro passo é ser aprovado em concurso público. Entre os requisitos, é preciso ser brasileiro(a), ter entre 18 e 25 anos, altura mínima de 1,54 metro e máxima de 2 m (para ambos os sexos) e ter concluído ou estar concluindo o ensino médio. Depois, vem as etapas do exame de escolaridade, prova prática de música, inspeção de saúde, teste de aptidão física e avaliação psicológica. Como demonstra a história da Sargento Giovana Sanches, todo esse esforço é recompensado.

Para mais informações sobre os processos seletivos da Marinha do Brasil clique aqui.

Marcelo Barros, com informações da Marinha do Brasil
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Assessoria de Comunicação (UNIALPHAVILLE), MBA em Jornalismo Digital (UNIALPHAVILLE), Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).