Este 5 de maio é dia de homenagear o inspirador do Projeto Rondon. Há 155 anos nascia Cândido Mariano da Silva Rondon, o Marechal Rondon. O militar, que foi pioneiro na interiorização feita com respeito à vida, deu nome à iniciativa que coloca universitários de todos os cantos do Brasil em contato com as populações das regiões de menor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH).

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As expedições comandadas pelo Marechal Rondon foram diferenciadas porque inverteram a lógica de outras comuns à época, onde tribos indígenas inteiras eram dizimadas. O militar tinha como lema: “Morrer se preciso for, matar nunca!”. O legado inspirador acompanha os atuais rondonistas. Ao integrar uma das missões, o universitário sabe que vai aprender mais do que ensinar. Os estudantes se deparam com realidades totalmente diferentes das que vivem.

Rondon desbravou mais de 50 mil Km de terras. Em suas expedições fluviais identificou 15 novos rios que passaram a figurar nos mapas nacionais. Por essas ações, teve suas façanhas reconhecidas além fronteiras, tendo seu nome sido escrito em ouro no Livro da Sociedade de Geografia de Nova Iorque (EUA) como o explorador que mais penetrou em terras tropicais. O Marechal também foi indigenista, sertanista, geógrafo, cartógrafo, botânico, etnólogo, antropólogo e ecologista.

Operação Zero
A primeira edição do Projeto Rondon, também chamada de Operação Piloto ou Operação Zero, foi realizada em julho de 1967, no atual Estado de Rondônia. A missão contou com a participação de 30 alunos e professores da Universidade do Estado da Guanabara, atual Universidade do Estado do Rio de Janeiro, da Universidade Federal Fluminense e da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro.

Nessa Operação, os rondonistas levantaram necessidades locais, de pesquisa e de assistência médica durante 28 dias. Em junho de 1968, foi criado o Grupo de Trabalho Projeto Rondon, subordinado ao então Ministério do Interior, efetivando a criação do Projeto Rondon.

Em 1975, evoluiu para Fundação Rondon, permanecendo assim até 1989, quando foi encerrado. Em 2005, o Projeto Rondon foi reativado, funcionando até os dias atuais de forma ininterrupta, beneficiando municípios de baixa renda de diversos estados do País, com o envio de professores e de alunos universitários de diferentes áreas do conhecimento, que propõem soluções para superação de demandas locais.

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O Projeto Rondon é um programa desenvolvido pelo Ministério da Defesa, em parceria com outros ministérios e com governos estaduais, municipais e instituições de ensino superior (IES), públicas e privadas. A iniciativa contribui para a formação do jovem universitário como cidadão e para o desenvolvimento sustentável de comunidades.

Desde a sua reativação, em 2005, o Projeto Rondon realizou 85 operações, em 1.249 municípios, de 24 unidades da Federação, com 2.371 participações de instituições de ensino e 23.653 rondonistas, entre universitários e professores, assistindo a cerca de 2 milhões de pessoas.

Em 2020, o Projeto Rondon realizou a Operação Yaguaru, em 12 municípios do oeste do Paraná, impactando cerca de 20 mil pessoas. Na ocasião, 250 rondonistas de 16 instituições de ensino, tanto públicas quanto privadas daquele estado, realizaram atividades que contribuíram para o desenvolvimento sustentável das comunidades e também para o fortalecimento da cidadania do universitário.

Com informações do Projeto Rondon
Fotos: Divulgação Projeto Rondon

Marcelo Barros
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Universidade Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).