IME ativa 1º link óptico FSO do Exército Brasileiro

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Em pleno coração do Rio de Janeiro, uma conexão invisível ao olho humano representa um marco inédito na história da Defesa nacional. O Instituto Militar de Engenharia (IME) ativou o primeiro link de comunicação óptica no espaço livre (FSO) do Exército Brasileiro, conectando ciência e segurança com uma taxa de transmissão que alcança 1 bilhão de bits por segundo.

Tecnologia óptica e criptografia quântica: blindagem do futuro

Câmera de segurança branca em telhado cinza.

O sistema FSO (Free Space Optics) funciona por meio da transmissão de fótons colimados, oferecendo altíssima taxa de dados, baixa interferência eletromagnética e segurança reforçada. Ao contrário das ondas de rádio, a luz laser usada em FSO é extremamente difícil de interceptar sem ser detectada, tornando-a ideal para aplicações em comunicação segura e criptografia quântica.

O enlace de 800 metros liga o IME ao Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF) e integra duas iniciativas estratégicas: a Rede Rio Quântica (RRQ) e a Rede Hermes Quântica (RHQ). Esta última é voltada diretamente à Defesa Nacional, com foco em Quantum Key Distribution (QKD) — um protocolo de segurança que garante a integridade de dados com base em princípios da mecânica quântica.

IME: polo de excelência e inovação tecnológica para a Defesa

Vista panorâmica da cidade e mar ao fundo.

A instalação foi conduzida por uma equipe mista liderada pelo Tenente-coronel Vítor Andrezo, com participação do Capitão Oscar Martins, dois pesquisadores de pós-graduação do IME. Essa estrutura colaborativa traduz a filosofia de Escola Empreendedora e Corporativa, inserida no Programa Estratégico do Exército “IME 1000”.

O IME não apenas forma engenheiros militares, mas também atua como catalisador de inovação em áreas críticas para a soberania nacional. Com apoio do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), os projetos RRQ e RHQ refletem o compromisso do Exército com a formação de talentos e a produção científica de impacto dual, com aplicações civis e militares.

Defesa na Era Quântica: soberania em bits de luz

Em tempos de guerra informacional e ciberataques transnacionais, o domínio sobre tecnologias como FSO e QKD se torna um ativo estratégico de primeira ordem. A capacidade de transmitir dados com segurança absoluta pode redefinir os paradigmas de comando e controle nas Forças Armadas e proteger infraestruturas críticas nacionais.

O avanço marca a entrada do Exército Brasileiro na chamada Quarta Revolução Industrial, com desdobramentos que ultrapassam o campo militar, tocando áreas como segurança cibernética, ciência dos materiais e telecomunicações. Mais do que um experimento acadêmico, o link FSO do IME é um salto tecnológico com efeitos geopolíticos reais.

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Marcelo Barros, com informações e imagens do Exército Brasileiro
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Assessoria de Comunicação (UNIALPHAVILLE), MBA em Jornalismo Digital (UNIALPHAVILLE), Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).

1 COMENTÁRIO

  1. Sou suspeito para falar do Ten. Cel. Andrezo, pois ele é meu contemporâneo no Colégio Militar do Rio de Janeiro (CMRJ). Mas eu não poderia esperar outra coisa dele e de sua muito competente equipe.

    Parabéns a todos que participaram desse projeto!

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