Em dezembro de 2023, um avanço significativo foi registrado na indústria de defesa brasileira com a assinatura de um contrato entre a Fábrica de Material de Comunicações e Eletrônica (FMCE) da Indústria de Material Bélico do Brasil (IMBEL) e o Centro Tecnológico do Exército (CTEx). O acordo prevê o fornecimento de protótipos veiculares e manpack do Equipamento Rádio Definido por Software (RDS), TRC-1222 Rondon, complementando assim a inovadora Família de Rádios Definidos por Software (RDS-RONDON) da IMBEL, que já inclui a versão handheld em produção.

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Internalização de Tecnologia Crítica e Autonomia Estratégica

A conquista das plataformas de hardware da Família RDS-RONDON responde a uma demanda estratégica do Estado Maior do Exército no âmbito do Projeto RDS Defesa, encabeçado pelo CTEx. Esse esforço colaborativo entre o Sistema de Ciência e Tecnologia do Exército e parceiros da Base Industrial de Defesa nacional é um marco no desenvolvimento e na internalização do conhecimento essencial para a produção de plataformas RDS, destinadas ao uso das Forças Armadas. A iniciativa coloca o Brasil em um seleto grupo de nações que dominam essa tecnologia avançada, conferindo ao país uma autonomia estratégica crucial no setor.

A Família RDS-RONDON: Comunicações Táticas Avançadas

Desenvolvida pela IMBEL, a Família RDS-RONDON é o resultado do macroprojeto Sistema de Comunicações RONDON, iniciado em 2013. Financiado com recursos do Exército Brasileiro, da FINEP, e da própria IMBEL, o projeto visa atender às necessidades dos Sistemas Táticos de Comando e Controle das Forças Armadas, especialmente do Exército Brasileiro. As comunicações táticas seguras fornecidas por esta família de rádios são fundamentais para os escalões Pelotão, Companhia, Batalhão e Brigada, operando eficientemente nas faixas UHF, VHF e HF.

Impacto e Perspectivas Futuras

A implementação da Família RDS-RONDON representa não apenas um avanço tecnológico, mas também um incremento significativo na capacidade operacional das Forças Armadas brasileiras. Assegurando comunicações seguras e confiáveis em diversos espectros, a plataforma fortalece a estrutura de defesa do Brasil e prepara o país para enfrentar desafios complexos com maior independência e eficiência tecnológica.

Marcelo Barros, com informações do Exército Brasileiro
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Assessoria de Comunicação (UNIALPHAVILLE), MBA em Jornalismo Digital (UNIALPHAVILLE), Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).