História naval em destaque no projeto “Conhecendo o Arquivo”

No coração da memória naval brasileira, o Arquivo da Marinha abre suas portas para pesquisadores e profissionais que dedicam suas carreiras à preservação da história. No dia 21 de janeiro, sete arquivistas da Fundação Getúlio Vargas participaram de mais uma edição do projeto cultural “Conhecendo o Arquivo da Marinha”. A iniciativa, promovida pela DPHDM, reforça a importância da interação entre arquivistas, historiadores e a sociedade na difusão do patrimônio documental da Marinha do Brasil.

O projeto “Conhecendo o Arquivo da Marinha” e sua importância

Criado em 2018, o projeto cultural “Conhecendo o Arquivo da Marinha” tem como principal objetivo divulgar o acervo documental da Marinha do Brasil, aproximando-o da comunidade acadêmica e do público em geral. A iniciativa permite que historiadores, arquivistas e pesquisadores conheçam de perto a vasta coleção de documentos mantida pela Diretoria do Patrimônio Histórico e Documentação da Marinha (DPHDM), promovendo um intercâmbio de conhecimento entre a instituição militar e a sociedade.

O evento também destaca a importância da preservação documental para a história do país. A interação entre arquivistas e historiadores proporciona novas possibilidades de pesquisa e incentiva o uso do acervo da Marinha para estudos sobre a navegação, a defesa e a evolução histórica do Brasil. Além disso, o projeto reforça o compromisso da DPHDM com a transparência e o acesso à informação, garantindo que a memória naval seja compartilhada e valorizada.

O acervo do Arquivo da Marinha e a visita dos arquivistas da FGV

Durante a visita guiada, os arquivistas da Fundação Getúlio Vargas tiveram a oportunidade de explorar o acervo do Arquivo da Marinha, que abriga uma vasta coleção de documentos históricos da Força. Um dos destaques foi o “Arquivo Tamandaré: uma janela para o Estado Imperial Brasileiro”, um conjunto documental com aproximadamente 1.500 itens que pertenceram ao Almirante Joaquim Marques Lisboa, Marquês de Tamandaré, Patrono da Marinha do Brasil.

O acervo, tombado pelo Instituto Estadual do Patrimônio Cultural do Rio de Janeiro e reconhecido pelo Programa Memória do Mundo da Unesco, reúne cartas, relatórios e documentos que retratam o período imperial brasileiro e a atuação de Tamandaré na consolidação da Marinha do Brasil. A importância desse material transcende o meio militar, sendo uma referência para estudiosos da história política, econômica e social do país.

Além de conhecerem a estrutura do Arquivo da Marinha, os visitantes puderam compreender melhor a dinâmica do trabalho arquivístico e a colaboração entre arquivistas e historiadores dentro da DPHDM. A troca de experiências fortalece o compromisso com a preservação da memória institucional e incentiva futuras parcerias acadêmicas.

O papel da DPHDM na preservação do patrimônio histórico naval

A Diretoria do Patrimônio Histórico e Documentação da Marinha (DPHDM) desempenha um papel fundamental na preservação e difusão da história naval do Brasil. Além da manutenção do Arquivo da Marinha, a instituição é responsável pela gestão de documentos históricos, pela organização de exposições e pelo incentivo à pesquisa acadêmica sobre a trajetória da Força Naval.

O Departamento de História da Marinha, subordinado à DPHDM, também tem participação ativa na produção de publicações especializadas, promovendo a disseminação de conhecimentos sobre a evolução da Marinha e sua influência na construção do Brasil moderno. A cooperação com universidades, fundações e centros de pesquisa permite que novas gerações tenham acesso a documentos de valor inestimável e ampliem a compreensão sobre a história marítima do país.

Os desafios da preservação documental são constantes, exigindo investimentos em tecnologia, conservação e digitalização de acervos. No entanto, a DPHDM segue comprometida com sua missão, garantindo que o legado da Marinha do Brasil seja perpetuado para as futuras gerações.