Fuzileiros Navais terão trajes modernos contra explosivos

Pessoas conversando em exposição de tecnologia militar.
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Em uma iniciativa que alia tecnologia nacional à missão de proteger vidas, o Comando do Material de Fuzileiros Navais (CMatFN) apoiou o desenvolvimento de trajes de proteção balística voltados para operações de desminagem e desativação de explosivos. Os equipamentos serão utilizados pelo Batalhão de Engenharia de Fuzileiros Navais e integram os esforços de prontidão para missões de paz da ONU. O projeto, conduzido em parceria com a empresa PROTECTA, entrega um salto em segurança e eficiência operacional.

Avanço técnico com padrão internacional

Manequim vestindo traje militar completo em exposição.

Resultado de um projeto iniciado em 2023, os novos equipamentos foram concebidos com foco na segurança e mobilidade operacional dos militares. O Traje de Desminagem oferece proteção balística V50 de 450 m/s e suporta explosões de até 240 gramas de TNT a 60 cm de distância, ideal para neutralização de minas e artefatos improvisados. Já o Traje Antibomba Leve apresenta uma classificação V50 mínima de 1000 m/s, oferecendo alto nível de resistência balística com menor peso, crucial em missões que exigem agilidade.

Ambos os trajes foram desenvolvidos sob orientação técnica do CMatFN e do BtlEngFuzNav, respeitando rigorosamente as normas técnicas internacionais. A entrega oficial dos equipamentos está prevista para abril, marcando um novo patamar de proteção individual para os Fuzileiros Navais.

Missões de paz e proteção humanitária

A introdução desses trajes faz parte da prontificação da Companhia de Desativação de Artefatos Explosivos para o Sistema de Capacidades de Manutenção da Paz das Nações Unidas, elevando o grau de preparação do Brasil para atuar em contextos de alta complexidade e risco. A tecnologia permitirá que os militares brasileiros atuem com maior proteção e eficácia em missões de paz, zonas de conflito e áreas de reconstrução pós-guerra.

O equipamento reforça o papel dos Fuzileiros Navais como agentes de segurança e pacificação, permitindo ações mais seguras e técnicas em cenários onde a neutralização de ameaças explosivas é vital para a proteção de populações civis e infraestruturas críticas. Trata-se de um investimento na vida e na missão de paz.

Fortalecimento da Base Industrial de Defesa

A cooperação com a PROTECTA, uma Empresa Estratégica de Defesa brasileira, reafirma o compromisso do CMatFN com a valorização da Base Industrial de Defesa (BID). Ao fomentar o desenvolvimento de soluções balísticas no país, a Marinha promove a autonomia tecnológica, reduz a dependência externa e contribui para o crescimento de um setor industrial vital à segurança nacional.

Os trajes foram apresentados na LAAD Defense and Security 2025, a maior feira do setor na América Latina, onde chamaram a atenção de especialistas e representantes de forças armadas nacionais e estrangeiras. A iniciativa posiciona o Brasil como referência regional na produção de equipamentos de proteção para ambientes hostis, consolidando uma estratégia de inovação e soberania industrial.

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Apoio

Marcelo Barros, com informações e imagens da Marinha do Brasil
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Assessoria de Comunicação (UNIALPHAVILLE), MBA em Jornalismo Digital (UNIALPHAVILLE), Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).

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